O ministro do Interior da Turquia, Suleiman Soylu, disse hoje à agência noticiosa estatal Anadolu que os membros estrangeiros do grupo jihadista Estado Islâmico mantidos em prisões turcas serão devolvidos aos seus países de origem, a partir de segunda-feira.
O governante turco não especificou quais as nacionalidades abrangidas, mas confirmou que se refere aos mais de 1.150 membros do EI que o Presidente Recep Tayyip Erdogan disse na quinta-feira estarem ainda detidos em prisões turcas.
O Governo turco pede aos países, em particular aos europeus, que tomem as diligências necessárias para recuperar os seus cidadãos que se juntaram às fileiras do EI na Síria e que permanecem em prisões turcas pela relutância dos seus países de origem os tomarem de volta, por razões de segurança ou pela impopularidade da medida.
Contudo, não foi clarificado como é que a Turquia pretende enviar uma pessoa de volta a um país onde, tecnicamente, ele já não possui nacionalidade (por ter assumido o estatuto de cidadão do autodenominado Estado Islâmico).
Suleiman Soylu acusou ainda as milícias curdas no nordeste da Síria (que têm sido alvo de ataques do exército turco, desde a saída das tropas norte-americanas da região, no passado mês) de estarem a libertar famílias de membros do EI dos campos de detenção.
O ministro do Interior disse que cerca de 300 membros do EI, incluindo mulheres e crianças, foram novamente capturados pelo exército turco, durante a ofensiva militar contra as milícias curdas, nas últimas semanas.
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