Igreja Católica

Diocese de Leiria-Fátima

"Em comunhão com toda a Igreja, a Diocese de Leiria-Fátima recebeu com profunda comoção a notícia do falecimento do Santo Padre, o Papa Francisco. Nesta hora marcada pela dor da separação, somos consolados pela esperança pascal que celebramos neste tempo litúrgico: a certeza de que a morte não tem a última palavra, mas é passagem para a vida plena em Deus", lê-se em comunicado enviado às redações.

"O Papa Francisco foi, ao longo do seu pontificado, verdadeiro sinal do amor de Cristo, vivendo o seu ministério como servo humilde e próximo, sempre atento aos que sofrem, aos mais pobres e esquecidos, e guiando a Igreja com sabedoria, firmeza e ternura. No seu modo simples e profundamente evangélico de ser, foi para todos uma presença do Bom Pastor — um verdadeiro alter Christus, outro Cristo — entre nós", é ainda frisado.

Segundo D. José Ornelas, que assina a nota, "o Papa Francisco foi também homem de abrir caminhos dentro da Igreja e de iniciar processos. Não procurou respostas fáceis nem soluções imediatas, mas lançou a Igreja num dinamismo de escuta, discernimento e conversão".

"O caminho sinodal que promoveu é expressão clara desta visão: não se trata, como ele próprio afirmou, de um discurso sobre a Igreja, mas de um caminho da Igreja e em Igreja, que faz parte da sua missão. A celebração do Jubileu, centrada no tema da Esperança, ganha por isso um significado especial neste momento: o Papa ajudou-nos a reencontrar a esperança que nasce do Evangelho vivido e partilhado", lembrou.

"A Diocese de Leiria-Fátima guarda com particular afecto a relação que o Papa Francisco manteve com o santuário de Fátima. Visitou a Cova da Iria por ocasião do centenário das aparições, confiando ali o seu ministério à Virgem Maria e reconhecendo, na mensagem de Fátima, um apelo sempre actual à conversão, à oração e à paz. Foi também sob o seu pontificado que foram canonizados os santos Francisco e Jacinta Marto, modelo de entrega e santidade para toda a Igreja", diz o bispo.

Santuário de Fátima

O Santuário de Fátima, onde o Papa, que hoje morreu, esteve por duas vezes, uma das quais para canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta, destacou a devoção de Francisco à Virgem e as marcas profundas que deixou na Cova da Iria.

“Fátima chora o falecimento do Santo Padre. Francisco sempre foi um devoto expresso de Nossa Senhora e, na Cova da Iria, deixou marcas profundas”, referiu o santuário numa nota publicada no seu sítio na Internet, através da qual também se salienta que “estabeleceu com a Cova da Iria uma ligação muito estreita”.

Patriarcado de Lisboa

"É com dor que recebemos a notícia da morte do nosso querido Papa Francisco. O seu magistério e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar", diz D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa, numa nota hoje publicada.

"Enquanto Patriarca de Lisboa, não posso deixar de recordar os dias que esteve connosco na Jornada Mundial da Juventude. Ainda está gravado na memória o seu abraço caloroso, os gestos incansáveis, a alegria contagiante", pode ler-se.

"Por tudo o que vivemos com o Papa Francisco e por tudo o que o seu pontificado foi para a Igreja, convoco todos os diocesanos do Patriarcado de Lisboa para uma Missa em sufrágio na Sé de Lisboa hoje, dia 21 de abril, segunda-feira, às 21 horas. Peço também a todos os sacerdotes que, ao longo do dia, sejam tocados os sinos das igrejas, assinalando a morte do Papa Francisco. É necessário, também, que ao longo dos próximos dias sejam celebradas Missas em sufrágio pelo Papa Francisco", pede o Patriarca.

Jesuítas em Portugal

Diocese do Funchal

A diocese do Funchal, na ilha da Madeira, reagiu com “profunda tristeza” à notícia da morte do Papa Francisco.

“É com profunda tristeza e ainda chocados pela notícia que recebemos, esta manhã, do falecimento do nosso querido Papa Francisco. Nesta hora queremos agradecer a Deus o dom da sua vida e do seu pontificado”, lê-se na mensagem da diocese tutelada pelo bispo Nuno Brás, que é ilustrada com uma foto deste prelado com o pontífice, na Praça de São Pedro, em Roma.

Na publicação, a diocese do Funchal informa que Nuno Brás irá celebrar missa em sufrágio pelo Papa Francisco na próxima quarta-feira, dia 23 de abril, às 11h00, na Catedral do Funchal.

Diocese de Setúbal

O bispo de Setúbal, o cardeal Américo Aguiar, disse hoje “sentir uma profunda tristeza” pela morte do Papa Francisco, comparando essa tristeza à “de um filho que perde a presença, mesmo que distante, do seu pai”.

Reagindo à morte do Papa Francisco, ocorrida hoje, aos 88 anos, no Vaticano, o mais jovem cardeal português, que participará no conclave para a eleição do novo pontífice, numa mensagem enviada à agência Lusa, mostrou-se, no entanto, certo de que “a eternidade é o (…) destino, o fim da (…) estrada, o encontro face a face com Jesus Ressuscitado”.

“Reconhecendo esta Verdade, pela qual entreguei a minha vida, não consigo deixar de sentir uma profunda tristeza pela partida do nosso amado Papa Francisco. A palavra morte é pequena para este momento. Prefiro falar de uma partida, de um filho que corre para os braços do Pai, de um irmão que se encontra em Cristo com todos os seus irmãos que já conhecem a eternidade”, escreveu Américo Aguiar na mensagem.

O cardeal, que nos últimos anos teve múltiplos encontros com Francisco, no âmbito da organização da Jornada Mundial da Juventude que decorreu em Lisboa em 2023, recorda esses momentos: “Durante a preparação da JMJLisboa2023, foi o meu maior confidente, o amigo que me animou, que me deu forças e me revelou uma confiança que ainda hoje me comove”.

“A Francisco, o homem em quem o mundo confia, o homem que o mundo respeita, o homem que o mundo lê, procurando em cada uma das suas palavras uma luz que nos ilumine, peço (…) que nos ajude a construir este presente, tão atribulado, tão incerto”, acrescenta Américo Aguiar.

Diocese do Porto

O bispo do Porto, Manuel Linda, recordou o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, como um “zeloso servidor da Igreja universal” e um “muito apreciado líder mundial na paz e na fraternidade”.

Numa nota publicada na página oficial de Internet da Diocese do Porto, o bispo assumiu estar em luto pela morte do Papa.

E acrescentou: “A notícia acaba de cair abruptamente e todos nós a sofremos”.

Manuel Linda salientou que Deus chamou à sua presença “este zeloso servidor da Igreja universal na Sé de Pedro e muito apreciado líder mundial na paz e na fraternidade”.

“Comungamos a certeza da fé na ressurreição final e na vida eterna, mas sentimos a dor da sua separação”, referiu.

O bispo do Porto salientou que quando houver mais notícias, a diocese promoverá a celebração eucarística de sufrágio por alturas do seu funeral convidando, desde já, todos os sacerdotes, diáconos e fiéis leigos.

“Lembro às paróquias e demais instituições diocesanas que podem usar os costumados sinais exteriores de luto, mormente os toques de sinos”, vincou.

D. Manuel Clemente

O cardeal Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, destacou hoje a atitude “evangélica de ir ao encontro do outro” como uma marca do pontificado do Papa Francisco.

O Papa Francisco “colocou-nos constantemente nas fronteiras do Evangelho, ou seja, naquelas fronteiras que, muitas vezes, são descuidadas por nós, dos mais pobres, dos conflitos que nunca acabam, de tudo aquilo que são tristezas de muita gente”, disse o cardeal Manuel Clemente, em declarações divulgadas pela agência Ecclesia.

O patriarca emérito de Lisboa, que é um dos quatro cardeais portugueses que irão participar na eleição do sucessor de Francisco, considera, também, que Francisco foi “um construtor”, com “um papado que também deixa muitas marcas nesse sentido, demolindo aquilo que era preciso demolir e reconstruindo aquilo que era preciso reconstruir”.

Manuel Clemente recorda ainda a passagem do pontífice argentino por Lisboa, em 2023, para a Jornada Mundial da Juventude, para destacar “a troca de olhares entre o Papa e aquelas multidões” de jovens que participaram no encontro mundial.

“Era impressionante ver, quer do lado dele, quer do lado, digamos, das multidões, que eram milhares e milhares de pessoas ao longo das ruas, [quer] essa troca de olhares estava cheia de evangelho, quer na expectativa, quer na resposta. Na expectativa de uns, quer na resposta dele, um olhar que falava por si”, disse.

Diocese de Aveiro

O bispo de Aveiro, António Moiteiro Ramos, considerou hoje que o Papa Francisco “colocou o Concílio Vaticano II no centro do seu pontificado” e “marcou o coração dos cristãos e de tantas pessoas de boa vontade”.

Para António Moiteiro Ramos, o serviço de Francisco à Igreja, “enquanto sucessor de Pedro, ficou marcado por um magistério rico”.

“Os mais pobres, a luta pela justiça social e a paz entre as nações estiveram sempre presentes nas suas preocupações de pastor. Foi uma voz profética neste mundo tão desigual e de ideologias totalitárias que não colocam a dignidade do ser humano no centro das suas preocupações”, escreveu o bispo de Aveiro numa mensagem de reação à morte do Papa Francisco, ocorrida hoje no Vaticano, aos 88 anos.

Para António Moiteiro, “o estilo sinodal que está a ser implementado é talvez o maior contributo que podia deixar a uma Igreja mais participativa, mais povo de Deus, onde todos os batizados, por sermos filhos de Deus, tempos um lugar ativo na sua missão”.

O bispo sublinha, ainda, que o Papa Francisco “colocou o papel das mulheres no lugar que lhes é próprio na Igreja”.

“As mais recentes nomeações de mulheres para a Cúria Romana são exemplo disto mesmo”, acrescenta.

Arcebispo de Díli 

O arcebispo de Díli, Virgílio do Carmo da Silva, afirmou hoje que todos os timorenses sentem a morte de Francisco, lembrando que a visita do Papa a Timor-Leste foi um momento comovente e especial.

“Cada timorense sente esta perda, mas temos de ter coragem para continuar a rezar pelo Papa”, afirmou o único cardeal timorense, durante uma conferência à imprensa na Conferência Episcopal de Díli.

“Ficámos muito ligados ao Papa em setembro. O Papa levou os timorenses no coração e o Papa está no coração de cada timorense. Ficou esta proximidade. Esse momento foi comovente, especial, histórico”, salientou.

Outras confissões religiosas

Igreja de Inglaterra

O chefe interino da Igreja de Inglaterra recordou a inteligência, a compaixão e o empenho do Papa Francisco em melhorar as relações entre as religiões do mundo.

O arcebispo de York, Stephen Cottrell, disse hoje que a vida de Francisco se centrou no serviço aos pobres, na compaixão pelos migrantes e requerentes de asilo e nos esforços para proteger o ambiente.

"Era espirituoso, animado, era bom estar com ele, e o calor da sua personalidade e o interesse pelos outros brilhavam nele", disse hoje o arcebispo de York.

Igreja Ortodoxa da Roménia

O patriarca da Igreja Ortodoxa da Roménia, enviou as condolências pela morte de Francisco referindo que deixou uma marca profunda no catolicismo.

"É com profunda tristeza que recebemos a notícia da morte do Papa Francisco, uma figura venerável e renomada do cristianismo contemporâneo, cujo pontificado deixa uma marca profunda na história recente da Igreja Católica Romana", disse o patriarca ortodoxo, através do portal oficial.

Na mesma mensagem, o patriarca Daniel diz que a Igreja Ortodoxa Romena partilha a dor da perda e envia as condolências a toda a Igreja Católica.

Judeus franceses

O rabino de França, Haim Korsia, elogiou o empenho do Papa Francisco na luta contra o antissemitismo frisando que foi um homem que criou laços de confiança em todo o mundo.

"Simbolicamente, o último discurso de ontem [domingo de Páscoa] foi uma recordação forte e firme do empenhamento da Igreja na luta contra o antissemitismo, que ele [Papa Francisco] viu com desolação espalhar-se pelo mundo", acrescentou o representante da sinagoga da capital de França.

Conferência para a Ordenação das Mulheres

De forma crítica, a Conferência para a Ordenação das Mulheres afirmou hoje ter ficado frustrada com a falta de vontade de Francisco em promover a ordenação das mulheres.

"Enquanto continuaremos a experimentar os dons da abertura do Papa Francisco à reforma, lamentamos que isso não se estenda a uma abertura à possibilidade de mulheres no ministério ordenado", refere um comunicado da Conferência para a Ordenação das Mulheres, citado pela Agência France Presse.

O organismo católico anglo-saxónico diz ainda que a política do Papa Francisco manteve as "portas fechadas" sobre a ordenação de mulheres frisando que se tratou de uma posição "dolorosamente incongruente" com a natureza pastoral.

"Isto tornou-o uma figura complicada, frustrante (...) para muitas mulheres”, afirmou a Conferência para a Ordenação das Mulheres.

Comunidade israelita de Lisboa

A Comunidade Israelita de Lisboa expressou hoje o seu “profundo pesar” pela morte do Papa Francisco e exorta os líderes mundiais a escutarem a sua última mensagem, em que alertou para o crescente clima de antissemitismo no mundo.

Numa nota enviada à agência Lusa, a direção da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) destaca a “figura notável” do Papa Francisco, “pela sua dedicação à paz, ao diálogo inter-religioso e ao respeito pela dignidade humana”.

A CIL recorda, com especial reconhecimento, as suas derradeiras palavras públicas, constantes na mensagem ‘Urbi et Orbi’ de domingo, na Basílica de São Pedro, “e a sua preocupação expressa” em relação ao “crescente clima de antissemitismo que se está a espalhar por todo o mundo”.

“Que a sua última mensagem pública seja escutada pelos líderes de todo o mundo e que possa materializar-se na promoção constante do entendimento entre povos e religiões e no fortalecimento dos laços históricos e espirituais entre as comunidades judaica, católica e muçulmana”, salienta.

A direção da CIL assinala este momento de “consternação e de necessária reflexão sobre o legado de um homem bom que dedicou uma vida de serviço à sua fé” e envia as suas “sinceras condolências aos seus irmãos católicos e a todos aqueles que, em todo o mundo, foram tocados pela mensagem inspiradora de amor, tolerância, respeito e fraternidade universal defendida pelo Papa Francisco”.

“Que a sua memória continue a ser fonte de inspiração para todos os que, não sendo católicos, desejam a construção de um mundo mais justo, pacífico e inclusivo”, sublinha a Comunidade Israelita de Lisboa.

Política nacional

Luís Montenegro

"Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas", escreveu o primeiro-ministro na rede social X.

"As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade", pode ler-se.

"Apresento as mais sentidas condolências do Governo de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses. A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia-a-dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo", disse ainda Montenegro.

Marcelo Rebelo de Sousa

"O Presidente da República falará hoje ao país, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00", lê-se numa nota publicada no site oficial da Presidência da República na Internet.

José Pedro Aguiar-Branco

O presidente da Assembleia da República manifestou hoje profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia.

“O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo”, acrescentou o presidente da Assembleia da República.

Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do PS enalteceu hoje a “voz corajosa” do Papa Francisco em defesa da justiça, dignidade humana e paz, considerando que foi um papa dos pobres e dos excluídos, cujo legado “ficará para sempre inscrito na história”.

“Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz”, afirmou Pedro Nuno Santos através das redes sociais.

Para o secretário-geral do PS, a liderança espiritual do Papa Francisco “transcendeu fronteiras religiosas e políticas, tornando-se uma referência ética e moral para milhões em todo o mundo”.

“Foi um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz. Um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa. O seu legado ficará para sempre inscrito na história do nosso tempo”, enalteceu.

Em nome do PS e seu nome pessoal, Pedro Nuno Santos expressou à Igreja Católica, à comunidade católica portuguesa e ao Vaticano o “mais sentido pesar”.

“Que a sua memória continue a inspirar todos aqueles que acreditam num mundo mais humano, mais justo e mais fraterno”, apelou.

Alexandra Leitão

"O Papa Francisco tem sido uma voz de coragem, empatia e inclusão num tempo em que o mundo parece ceder à intolerância e ao ódio. A sua luta por uma sociedade mais justa e solidária para todos fez dele um farol de esperança para milhões, católicos e não só", disse Alexandra Leitão, do PS.

"A sua ausência será sentida profundamente, sobretudo num momento em que emergem forças que se alimentam do individualismo e da desumanização para impor a divisão e o desprezo pelo outro. Francisco fará uma imensa falta ao mundo".

André Ventura

"Hoje é um dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro. O Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente. Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública!", escreveu o líder do Chega no X.

Catarina Martins

Carlos Moedas

"A Câmara Municipal de Lisboa manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, um líder espiritual cuja vida foi dedicada à paz, à justiça social e à defesa incansável dos mais vulneráveis", lê-se em comunicado enviado às redações.

"A morte do Papa Francisco deixa-nos uma imensa tristeza, mas também uma marca única de uma herança de humanidade, proximidade e coragem, que perdurará. Uma voz única, firme e de equilíbrio num mundo tantas vezes marcado pela indiferença. Um farol para milhões de crentes e não crentes, com a sua capacidade única de a todos convocar para os desafios em nome de um mundo melhor", diz Carlos Moedas.

A propósito da Jornada Mundial da Juventude que se realizou em Lisboa, o presidente da autarquia realçou as memórias dos encontros com o Papa. "Foi no Vaticano, a 22 de abril de 2023, a cem dias da JMJ, que estive pessoalmente com o Papa Francisco e lembro-me da humildade com que me recebeu e agradeceu o empenho de todos os lisboetas e de toda a cidade na organização desse encontro. Será um Papa que ficará para sempre no coração de Lisboa e que nos deixou uma marca que não esqueceremos, que connosco partilhou momentos únicos que fizeram de Lisboa a cidade de ‘todos, todos, todos’. Acima de tudo, transmitiu-nos esperança. Em Lisboa saberemos honrar o seu legado, o legado do Papa da esperança".

Rui Rocha

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha lamentou “profundamente a notícia da morte do Papa Francisco”.

“Os meus pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências”, lê-se na publicação.

Mariana Mortágua

À esquerda, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, também utilizou a rede social ‘X’ para lembrar que o Papa Francisco “pediu a Paz”.

“Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento. Condenou o ódio contra imigrantes e a "economia que mata". Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança”, considerou a bloquista.

PCP

Numa nota enviada à comunicação social, o PCP considerou que Francisco “marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade «submetida a interesses financeiros»”.

Os comunistas realçam que as encíclicas do Papa, Laudato Si’ (Louvado Sejas) e Fratelli Tutti (Todos Irmãos), “constituem um avanço importante na doutrina social da Igreja”.

“O PCP, que tem uma história de décadas e uma intervenção atual relevante com católicos e outros crentes, em diversas frentes de intervenção progressista, e onde tantos católicos participam nas lutas pela Paz e a transformação social, assinala a ação do Papa Francisco a favor do diálogo e contra a intolerância, e lamenta o seu falecimento e apresenta as suas condolências a todos os católicos e à Igreja Católica”, lê-se na nota.

Governo Regional dos Açores

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje Francisco “o Papa do Povo” e “um exemplo de entrega ao próximo”.

Numa nota de pesar, o líder do executivo regional açoriano refere que recebeu “com profundo pesar a notícia do falecimento” do chefe da Igreja Católica.

“Jorge Mario Bergoglio foi um homem que marcou o nosso tempo. Um Papa próximo, simples, com um sorriso aberto e genuíno que transmitia paz e esperança. A sua vida foi um exemplo de entrega ao próximo - viveu para servir, guiado por uma fé inabalável e por um amor verdadeiro pela humanidade”, afirma.

José Manuel Bolieiro refere que Francisco “foi o Papa do Povo” e “tocou milhões de corações com gestos pequenos e palavras certeiras”.

“Falou sempre com clareza e verdade, procurando pontes onde havia muros. A sua liderança espiritual será lembrada não apenas pela posição que ocupou, mas pelo modo como a exerceu - com humildade, empatia e coragem”, sublinha.

Bolieiro escreve que teve a honra de testemunhar, “com grande emoção, a presença do Papa Francisco em Portugal, durante as Jornadas Mundiais da Juventude de 2023, em Lisboa”.

União Europeia

António Costa

"Associo-me com tristeza aos milhões de pessoas que choram a morte de Sua Santidade o Papa Francisco", escreveu nas redes sociais o presidente do Conselho Europeu.

"Profundamente compassivo, preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo, das migrações às alterações climáticas, da desigualdade à paz, mas também com as lutas quotidianas das pessoas comuns", lembrou.

"Na sua última mensagem para o Dia Mundial da Paz, Francisco propôs três ações concretas: a anulação da dívida externa, a abolição da pena de morte e a criação de um fundo mundial para a eliminação definitiva da fome. Que as suas ideias continuem a guiar-nos para um futuro de esperança. Que descanse em paz", remata António Costa.

Ursula von der Leyen

"Hoje, o mundo chora a morte do Papa Francisco.Inspirou milhões de pessoas, muito para além da Igreja Católica, com a sua humildade e amor tão puro pelos menos afortunados", escreveu no X a presidente do Comissão Europeia.

"Os meus pensamentos estão com todos os que sentem esta profunda perda. Que encontrem consolo na ideia de que o legado do Papa Francisco continuará a guiar-nos a todos para um mundo mais justo, pacífico e compassivo", pode ler-se.

Política internacional

JD Vance

"Acabei de saber do falecimento do Papa Francisco. O meu coração está com os milhões de cristãos de todo o mundo que o amavam", disse o vice-presidente dos EUA na rede social X.

"Fiquei feliz por o ter visto ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente. Mas lembrar-me-ei sempre dele pela homilia que fez nos primeiros tempos da COVID. Era realmente muito bonita. Que Deus tenha a sua alma em descanso", acrescentou.

José Ramos-Horta

O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje que não foram apenas os católicos que perderam com a morte do Papa Francisco, mas todas as religiões e a humanidade.

“Todas as religiões, toda a humanidade, perdeu alguém de grande importância”, disse o presidente timorense, numa mensagem de vídeo em tétum, a partir de Sofia, Bulgária, onde se encontra em visita oficial.

Na mensagem, o também prémio Nobel da Paz, considera que o “Papa Francisco foi um dos papas com maior impacto na história do mundo”, que “abraçou os pobres, os frágeis”.

“Um Papa que não hesitou em falar contra os poderes mundiais que promovem a guerra em vez da paz”, disse Ramos-Horta, lembrando que Francisco denunciou também os poderes que ignoram os pobres e exploram os mais fracos.

O chefe de Estado timorense recordou também as palavras do Papa Francisco, quando terminou a visita a Díli, em setembro de 2024.

“Segurou na minha mão e disse para cuidarmos bem deste povo querido”, lembrou.

Zelensky

"Milhões de pessoas em todo o mundo estão de luto com a trágica notícia da morte do Papa Francisco. A sua vida foi dedicada a Deus, às pessoas e à Igreja", escreveu o presidente ucraniano na rede social X.

"Sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Estamos de luto juntamente com os católicos e todos os cristãos que esperavam o apoio espiritual do Papa Francisco. Memória eterna!", disse ainda.

Keir Starmer

"É com profunda tristeza que tomo conhecimento da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Os seus esforços incansáveis para promover um mundo mais justo para todos deixarão um legado duradouro. Em nome do povo do Reino Unido, apresento as minhas mais sinceras condolências a toda a Igreja Católica", escreveu o primeiro-ministro britânico.

Daniel Chapo

O presidente moçambicano, Daniel Chapo, endereçou hoje condolências à igreja católica pela morte do Papa, lembrando um líder espiritual com um “compromisso incansável” com a paz e justiça social.

“Neste momento, com corações em choque juntamo-nos ao mundo na despedida de um líder cuja luz brilhou intensamente, iluminando caminhos de fé e esperança”, disse Daniel Chapo, numa mensagem divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

Para Chapo, o Papa Francisco foi um líder espiritual que lutou pelos marginalizados, dedicando a sua vida ao “compromisso incansável” com a justiça, paz e fraternidade.

“Um pastor para todos, transcendeu as fronteiras da Igreja Católica, tocando a alma da humanidade com a sua mensagem de amor a Deus e ao próximo. A sua voz, um verdadeiro clamor por justiça, ecoou em cada canto do planeta, inspirando a construção de pontes entre culturas e religiões”, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.

Cultura

Antonio Banderas

"Morre o Papa Francisco, um homem que, à frente da Igreja Católica, mostrou bondade, amor e misericórdia para com os mais necessitados", escreveu o ator Antonio Banderas na rede social X.

Futebol

Federação Portuguesa de Futebol

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lamentou a morte, hoje, do Papa Francisco, aos 88 anos, ambicionando que “o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado”.

Numa mensagem divulgada no seu sítio oficial na Internet e assinada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, o organismo que rege o futebol em Portugal sublinhou que “o seu percurso e exemplo jamais serão esquecidos”.

“Em meu nome e da FPF, associo-me ao lamento e consternação pelo falecimento do Papa Francisco. Um Homem de causas que, com a sua simplicidade e humildade, teve a capacidade de tocar o Mundo, acima de qualquer credo religioso. Que o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado, assim como o seu ideal de uma Igreja para todos”, escreveu o antigo árbitro.

Liga Portugal

"A Liga Portugal manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, ocorrido esta segunda-feira, aos 88 anos de idade", pode ler-se em comunicado.

"Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco afirmou-se como uma voz serena e firme na defesa da paz, da inclusão e da dignidade humana. A sua liderança espiritual destacou-se pela promoção constante do diálogo entre culturas, religiões e nações, deixando um legado de humildade, coragem e esperança", é frisado.

"A sua ligação a Portugal permanece viva na memória coletiva, em especial pela mensagem de unidade deixada durante as Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, no verão de 2023 — evento ao qual a Liga Portugal se associou, com enorme orgulho, através da Fundação do Futebol", recorda ainda este organismo.

A Liga Portugal destaca também que Francisco era "apaixonado pelo Desporto, e pelo Futebol em particular, acompanhava-o com entusiasmo, reconhecendo na sua essência valores que o próprio sempre promoveu: respeito, fraternidade e superação".

Real Madrid 

"O Real Madrid deseja expressar as suas condolências a toda a comunidade católica pela perda de uma figura histórica e universal", lê-se num comunicado do clube espanhol.

"Durante o seu pontificado, marcado pela dimensão do seu grande legado, o Papa Francisco representou um enorme espírito de solidariedade e apoio às pessoas mais desfavorecidas e vulneráveis", é ainda referido.

Outras entidades

Grupo VITA

"O Grupo VITA expressa a sua profunda tristeza pela perda do Papa Francisco, e também a enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação que traçou na Igreja Católica", lê-se no comunicado enviado pelo grupo que acompanha as vítimas de abuso por parte de elementos da Igreja em Portugal.

"O Papa Francisco desde sempre revelou uma especial atenção aos mais frágeis e necessitados, incentivando a abordagem de temas tão difíceis e ocultos, como a violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis", é recordado.

Grande Oriente Lusitano

O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Fernando Cabecinha, apresentou hoje as suas condolências aos dignitários da Igreja Católica pelo falecimento do Papa Francisco, considerando que foi um homem de exceção e adepto fervoroso da fraternidade.

“Na qualidade de grão-mestre do Grande Oriente Lusitano apresento as minhas condolências aos dignitários da Igreja Católica e aos Cristãos pelo falecimento do Papa Francisco. Era um homem de exceção, defensor da dignidade do ser humano e um adepto fervoroso da fraternidade entre os homens”, escreveu Fernando Cabecinha, numa nota que enviou à agência Lusa.