“A Páscoa é sempre uma altura muito boa. É o arranque da época de verão e costuma trazer muitos turistas espanhóis, pela proximidade, que vêm passar aqui a altura da Páscoa e portanto as nossas expectativas são grandes”, disse à Lusa a presidente da União de Associações do Comércio e Serviços, Carla Salsinha.
Segundo a responsável, este fim de semana já se notou a chegada de turistas de “mochila e calçãozinho” à cidade para passar a época da Páscoa e zonas como a Baixa da cidade já estão “cheias de gente” com grupos que vêm passar “uma semana ou cinco dias”.
Para Carla Salsinha, esta será uma Páscoa “cheia de turismo, de comércio e de vendas”.
O presidente da Associação de Valorização do Chiado, Victor Silva, disse à Lusa que existe normalmente uma “maior incidência de espanhóis” nesta altura mas, este ano, considera que “vai haver alterações”, com turistas da Europa em geral, mas também alguns orientais.
Por seu lado, o diretor-geral da Associação Turismo de Lisboa, Vítor Costa, frisou que a cidade continua a ser muito procurada por turistas.
“Lisboa continua a crescer em número de turistas e receitas e o período da Páscoa não é exceção. A capital portuguesa continua a ser o destino eleito pelos espanhóis, franceses e italianos que ocupam o top três nas dormidas de estrangeiros europeus, a confirmar-se a tendência de crescimento, a Páscoa do próximo ano será ainda melhor do que esta”, perspectivou.
O aumento de turistas nesta altura implica uma maior preocupação com questões como a limpeza, as acessibilidades e principalmente a segurança na cidade.
“A nossa maior preocupação, além de mantermos uma cidade atrativa e limpa, com cuidado acrescido nesta altura do turismo, porque obviamente quanto maior é o turismo também maior é o lixo que é feito, é também a segurança, que é sem dúvida a nossa preocupação sempre”, afirmou Carla Salsinha.
A “transmissão de segurança” a quem visita a capital é para a responsável uma das maiores preocupações, uma vez que é um fator determinante para quem escolhe o seu destino.
Victor Silva identificou a “poluição” e a “falta de policiamento” da zona do Chiado como problemas em alturas como esta, de grande afluência de turistas na zona.
“Em termos do espaço público não se está a tomar as medidas para ter esta afluência de gente, os passeios estão muito obstruídos, ruas com carros em segunda fila (…), cargas e descargas ao longo do dia, devia estar limitado até às 10:00/10:30. Também está sujo” disse, acrescentando que “há pouco policiamento e devia haver polícias à paisana porque há muito furto de carteiras”.
O responsável referiu ainda que, em termos de acessibilidades, também se verificam dificuldades, uma vez que existem “vários elevadores desligados no Chiado”, as escadas rolantes do metro estão “permanentemente desativadas” e ainda o elétrico do Carmo que “não está a ser reativado”.
Uma “imagem um bocado anárquica” é, para o presidente da Associação de Valorização do Chiado, o que os turistas “levam daqui”.
As zonas preferenciais para quem visita a cidade são o centro histórico, Alfama, o Bairro Alto e a Baixa-Chiado e ainda Belém e a zona ribeirinha, numa perspetiva de “turismo cultural urbano”, afirma Victor Silva.
Para o vice-presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, Vasco Melo, esta zona é, “juntamente com Belém e outras zonas turísticas”, uma das que está a ter um “enorme fluxo”.
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