Contactado pela Lusa, o presidente do Turismo do Algarve disse que, a confirmar-se esta informação, a acessibilidade à região não vai ser afetada, uma vez que a operação da companhia aérea vai ser mantida.
O que, na opinião de João Fernandes, irá acontecer é um reajustamento das rotas, para que a tripulação da Ryanair não tenha de pernoitar em Faro, como acontece atualmente, mas “não está em causa a operação”.
“Há no entanto a lamentar a perda de emprego qualificado na região”, salientou João Fernandes, esclarecendo que há cerca de 100 trabalhadores da Ryanair fixados em Faro na altura do inverno e mais de 200 durante o verão.
O presidente do Turismo do Algarve relembrou que as companhias aéreas ‘low cost’ têm uma representação significativa no aeroporto da região.
Só a Ryanair representa “quase 30% do ‘share’ do aeroporto de Faro”, segundo João Fernandes.
Na terça-feira, a Ryanair comunicou, em Faro, que vai encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020 e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, revelou à Lusa a presidente do sindicato dos tripulantes.
A presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo, disse que uma diretora de recursos humanos da Ryanair esteve em Faro para anunciar o encerramento.
A sindicalista participou numa reunião na Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), em Lisboa, para discutir os serviços mínimos para a greve que irá decorrer na Ryanair de 21 a 25 de agosto.
“Foi-nos dito na DGERT que não seria bem encerrar [a operação], ou seja, a base fecha, mas os voos continuam a ser feitos”, salientou Luciana Passo, lembrando que a Ryanair tinha já “avisado que ia reduzir o número de pilotos e tripulantes”.
A companhia de aviação avançou detalhes em relação a este assunto, depois de o seu presidente executivo, Michael O’Leary, ter exposto os planos de reestruturação num vídeo enviado aos trabalhadores, em que pede “desculpa” pelas “más notícias”.
Na segunda-feira, Michael O’Leary informou que o lucro da transportadora aérea caiu 21% no primeiro semestre do exercício fiscal, para 243 milhões de euros, face a idêntico período do ano fiscal anterior.
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