Um total de 109 congressistas republicanos, incluindo a eleita pelo Wyoming Elizabeth Cheney, que faz parte da direção do partido, juntaram-se aos democratas para reaprovar, na segunda-feira, o projeto-lei que define a política de Defesa do país.
O diploma vai ser agora deliberado pelo Senado, a câmara ‘alta’ do Congresso dos EUA, e se for aprovado vai ser a primeira vez no mandato de Trump que os congressistas reapreciam e contrariam um documento que foi vetado.
“A ‘liderança’ republicana fraca e fatigada vai permitir que um projeto-lei da Defesa mau passe. (…) Um ato de cobardia vergonhoso e de total submissão (…). Negoceiem um projeto-lei melhor, ou arranjem novos líderes”, comentou Trump na rede social Twitter.
Os democratas pretendem levar o documento a apreciação no Senado ainda esta semana, apesar de ainda não ser conhecido o dia em que vai decorrer a votação.
Trump alega que este documento apenas beneficia os interesses da China, apesar de não apresentar argumentos para sustentar esta posição.
Trump vetou este diploma na última semana alegando que não ia longe o suficiente na limitação das empresas tecnológicas que operam no ramo das redes sociais — como, por exemplo, o Facebook, o Twitter e também a Google — que considera que foram parciais contra o Presidente cessante durante a campanha de reeleição.
O Twitter e o Facebook decidiram implementar ferramentas especificamente construídas para combater a propagação da desinformação durante o período eleitoral — ferramentas que também estão a ser utilizadas para combater as ‘fake news’ sobre a covid-19.
Vários ‘tweets’ de Trump foram censurados e acompanhados com mensagens que davam conta aos utilizadores de que as mensagens ali explícitas não correspondiam à verdade e que não eram corroboradas com informações oficiais.
O Facebook não censurou conteúdos, mas deixou um aviso semelhante nas publicações relacionadas com Trump, que foi considerado o maior propagador individual de desinformação sobre a pandemia.
O republicano também se opõe à renomeação de várias bases militares que homenageiam figuras da Confederação. Estas homenagens são reminiscência do período da Guerra Civil norte-americana e faziam o elogio a figuras dos estados que se opunham à abolição da escravatura, ou seja, a Carolina do Sul, Alabama, Mississípi, Geórgia, Florida, Texas e o Luisiana.
O diploma da Defesa, conhecido também como o Ato de Autorização da Defesa Nacional, contempla um aumento na ordem dos 3% para os militares norte-americanos e autoriza o investimento de mais de 740 mil milhões de dólares (cerca de 605 mil milhões de euros) em programas militares e construção de infraestruturas.
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