“Tropeção socialista em Lisboa numas eleições autárquicas marcadas pela abstenção”, titula a agência espanhola EFE.
Sublinha ainda que a vitória de Carlos Moedas, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa com 34,25% dos votos, foi uma surpresa, destacando que “ninguém duvidou da vantagem de Medina” e que a subida da direita na capital “é um duro golpe" para o partido do primeiro-ministro, António Costa, “que se envolveu a fundo na campanha”.
A Agência France Presse (AFP) escreve que “os socialistas no poder em Portugal venceram as eleições municipais de domingo, mas sofreram uma derrota surpresa em Lisboa”.
“De um total de 308 municípios, o campo do primeiro-ministro, António Costa, obteve 34,4% dos votos e venceu em pelo menos 147 municípios, contra 30,8% dos votos e 108 municípios da oposição de centro-direita”, escreve a AFP.
Lembra ainda que os socialistas, vencedores das eleições autárquicas de 2013 e 2017, tinham conseguido há quatro anos o melhor resultado da sua história, com 161 câmaras municipais e 38% dos votos.
“Em Lisboa, a coligação de direita liderada pelo ex-comissário europeu Carlos Moedas derrotou todos os prognósticos para vencer o autarca cessante Fernando Medina (…), com 35,8% dos votos contra 31,7%”, escreve.
Lembra ainda que, no Porto, o independente Rui Moreira “foi amplamente renovado por um novo mandato, conforme previam as sondagens”.
A AFP sublinha ainda um ligeiro aumento da abstenção, para 46,3%, e escreve que estas eleições ocorreram num contexto “geralmente favorável ao governo de Antonio Costa”, que na semana passada anunciou o levantamento, a partir de dia 01 de outubro, da maioria das restrições sanitárias ainda em vigor por causa da pandemia.
“O primeiro-ministro investiu pessoalmente muito na campanha ao prometer restaurar a economia do país, duramente atingido pela pandemia de covid-19, graças a projetos de investimento financiados pelo plano de recuperação, europeu”, acrescenta.
Em termos nacionais, o PS foi o partido que mais câmaras conquistou nas autárquicas de domingo e mais votos teve, com 34,42% da votação, seguido pelo PSD, com 13,30%. As coligações PPD/PSD.CDS-PP conseguiram 10,66% dos votos, o PCP-PEV 8,22%, os Grupos de Cidadãos 5,54%, o Chega 4,17% e o Bloco de Esquerda 2,76%. O partido Iniciativa Liberal arrecadou 1,29% dos votos e o PAN 1,14%.
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