Em comunicado, a estrutura diz que “a batalha da reintegração da EMEF” (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) “está a ser ganha”. No entanto, “para ganharmos a guerra, falta ainda a empresa de infraestruturas ferroviárias, a ex- REFER” (e atual Infraestruturas de Portugal), salienta a CT.
O plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar "material circulante encostado" e contratar 187 trabalhadores para a CP e a EMEF foi anunciado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação.
Pedro Nuno Santos revelou ainda que o executivo pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante para "otimização dos recursos e melhor articulação".
A CT realça que “o regresso da EMEF à CP resulta de dezenas de anos de luta dos trabalhadores ferroviários que continuam a lutar pelo investimento no caminho-de-ferro e admissão de mais trabalhadores. Só assim a empresa pública CP está em condições para satisfazer com fiabilidade, a mobilidade e a obrigatoriedade do serviço público aos utentes”, lê-se no mesmo comunicado.
A CT “vê com agrado a decisão” de hoje, mas lamenta “que ela tenha sido em final de legislatura”.
“Não é vergonha para o governo de António Costa reconhecer que a política adotada pelo Partido Socialista para o sistema ferroviário em Portugal, é errada”, garante a CT, que garante não aceitar que a CP e “o serviço público ferroviário, sejam geridos de acordo com os calendários e conveniências eleitorais dos partidos”.
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