De acordo com a agência noticiosa, o ministro paquistanês dos Assuntos Religiosos, Noorul Haq Qadri, anunciou que Bibi não poderá deixar o Paquistão até que o Supremo Tribunal faça uma revisão final do veredicto.
A absolvição da paquistanesa cristã Asia Bibi, na quarta-feira, foi aplaudida em todo o mundo por organizações de direitos humanos, que há muito exigiam a sua libertação, mas gerou protestos um pouco por todo o país, sobretudo no seio do partido Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) e dos seus apoiantes.
Depois da decisão, milhares de manifestantes bloquearam, durante três dias, as estradas do país exigindo o enforcamento de Bibi.
A lei anti blasfémia paquistanesa foi estabelecida durante a época colonial britânica para evitar lutas religiosas, mas na década de 80 do século XX várias reformas do então ditador Mohamed Zia-ul-Haq favoreceram abusos.
Desde essa altura, foram registadas mais de mil acusações por blasfémia, um crime que pode levar à morte por apedrejamento, embora essa pena nunca tenha sido aplicada.
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