Os documentos contendo “informação processual” sobre a investigação criminal ao furto de material militar da base de Tancos foram recebidos pela comissão de Defesa Nacional em 11 de outubro, na sequência de um requerimento do CDS-PP.
Entre a documentação consta as listas do material furtado em junho de 2017 e daquele que foi recuperado quatro meses depois, na Chamusca, Santarém, e outros elementos que o procurador titular do processo entendeu que deviam manter-se em segredo de justiça.
Face à criação da comissão de inquérito ao furto de Tancos, os deputados questionaram a PGR sobre se os documentos, que estão fechados num cofre na Assembleia da República, poderiam ser remetidos àquela comissão, e a resposta chegou há poucos dias, anunciou hoje o vice-presidente da comissão de Defesa, Miranda Calha.
“[A PGR] considera que pode ser feita essa ligação da comissão de Defesa para a comissão de inquérito, salvaguardando que o processo em si está sob segredo de justiça”, disse o deputado socialista Miranda Calha.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.
Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR. O caso levou à substituição do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por João Gomes Cravinho, e do Chefe do Estado-Maior do Exército Rovisco Duarte.
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