Guterres está no país para “manifestar a sua solidariedade para com o povo haitiano, que atravessa um ciclo trágico de crises de segurança, política e humanitária”, assinalou, em comunicado, o seu porta-voz, citado pela Agência France Presse (AFP).
O secretário-geral da ONU vai encontrar-se com o primeiro-ministro, Ariel Henry, com líderes de vários partidos políticos, membros da sociedade civil e funcionários das Nações Unidas.
De acordo com a mesma nota, António Guterres “reafirmará o apoio da ONU ao país”, mantendo firme o apelo à comunidade internacional para que apoie o Haiti.
A visita de Guterres ao Haiti, a primeira enquanto secretário-geral da ONU, foi mantida em segredo até ao seu desembarque em Porto Príncipe, a capital do país.
Em 15 de maio, Guterres criticou a relutância dos países ocidentais em enviar uma força internacional para tentar pôr fim à crise política, social e económica no Haiti.
“Há de facto relutância por parte dos países que têm maior capacidade para realizar este tipo de operação, eu diria intervenção porque se trata mais de uma operação policial”, disse o português, numa conferência de imprensa na Jamaica.
O antigo primeiro-ministro português enfatizou que o Haiti enfrenta necessidades humanitárias “dramáticas”, um sistema político paralisado e níveis muito elevados de violência.
Mais de 600 pessoas foram mortas no Haiti em abril, numa “nova vaga de violência extrema” na capital.
A violência dos gangues armados aumentou consideravelmente no Haiti desde o assassinato do Presidente Jovenel Moise, em 07 de julho de 2021.
Nos últimos tempos, o país foi também afetado por chuvas torrenciais, um sismo e um surto de cólera.
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