O aviso foi divulgado na página da internet da empresa, na qual referiu que “está restabelecida a normalidade do serviço de transporte” e que na quarta-feira “não estão previstas quaisquer perturbações de serviço”.
A ligação fluvial entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa, volta, assim, a funcionar nos horários previstos, depois de um mês de várias supressões devido ao conflito com os mestres, que iniciaram greve ao trabalho extraordinário em 06 de julho.
A resolução do conflito foi possível na segunda-feira, depois de uma reunião entre a administração e os sindicatos representativos dos trabalhadores, que aceitaram uma nova proposta de valorização salarial, comprometendo-se a levantar a greve se os trabalhadores aprovarem a decisão.
Segundo Alexandre Delgado, do Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ), a partir de agosto todos os trabalhadores receberão um aumento de 28 euros, enquanto o atual subsídio de chefia dos mestres (49,44 euros) será integrado no salário base desta categoria.
Apesar de aceite por todas as estruturas sindicais, este acordo ainda terá que ser ratificado pelos trabalhadores até 31 de julho, o que, segundo a Soflusa, ainda não aconteceu.
“O ponto de situação é idêntico, a nível formal nada se alterou”, adiantou à Lusa a secretária-geral da empresa, Margarida Perez Perdigão.
O conflito iniciou-se em junho, quando os mestres da Soflusa recusaram o trabalho extraordinário, exigindo que fosse respeitado o acordo celebrado em 31 de maio, de aumento do prémio de chefia em cerca de 60 euros, que dizem ter sido, entretanto, “suspenso”.
Esta decisão de aumento do prémio dos mestres levou a que outras categorias profissionais na empresa também avançassem com pré-avisos de greve, alegando que a subida causaria “desarmonia salarial”.
O SITEMAQ tinha convocada uma greve para 18 de junho, mas, na véspera, foi suspensa devido à subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicados, com o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM) a ser o único que não assinou.
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