Estas posições foram transmitidas pelo antigo líder dos socialistas através de uma nota que enviou à agência Lusa.
Numa entrevista que concedeu à RTP3, na quarta-feira, noticiada pela agência Lusa, o presidente do PSD reagiu às críticas de José Sócrates sobre o fim dos debates quinzenais com a presença do primeiro-ministro no parlamento no âmbito da revisão do Regimento da Assembleia da República aprovada na semana passada por socialistas e sociais-democratas.
“O engenheiro Sócrates vem agora defender os debates quinzenais e bem, porque percebe-se que foi ali devidamente fiscalizado e antes dele e era tudo uma pouca vergonha e uma rebaldaria. Com os debates quinzenais houve ali uma fiscalização a sério, a ele e ao seu Governo”, ironizou Rui Rio.
Perante estas palavras do presidente do PSD, o antigo primeiro-ministro socialista respondeu: “Com a fineza de espírito muito própria de quem frequentou colégios estrangeiros o Dr. Rui Rio resolveu responder às críticas que fiz ao fim dos debates quinzenais com alusões indiretas ao processo Marquês”.
“Fê-lo mais ou menos da mesma forma que antes havia sido utilizada pelo juiz Carlos Alexandre, recorrendo a velhacas insinuações. Pretendo manter a boa disposição, mas devo igualmente levar isto a sério”, justificou.
José Sócrates diz depois que “há seis anos” que se defende “de acusações falsas, injustas e absurdas” que colocam em causa a sua “honestidade e a honra dos governos” a que presidiu.
“Agora, a intenção que vejo nas palavras de Rui Rio é a mesma de sempre da direita portuguesa desde que começou o processo – negar-me o direito a protestar a minha inocência, negar-me o direito de defesa e, em última análise, condenar-me sem julgamento. Talvez um dia alguém lhe pergunte se lhe resta ainda algum sentido de decência e lhe lembre que os julgamentos de tabacaria não passam a ser válidos em função das circunstâncias”, acrescenta José Sócrates.
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