O número de vítimas mortais aumentou após a confirmação de 45 óbitos na região de Gujarat, a mais afetada pelo fenómeno meteorológico extremo, e a recuperação de 22 corpos que estavam a bordo de uma embarcação que naufragou na segunda-feira com 273 pessoas a bordo.

As equipas de resgate ainda estão à procura de 63 tripulantes da embarcação que estão dados como desaparecidos, segundo os últimos dados fornecidos pela Marinha indiana.

A embarcação afundou-se a cerca de 35 milhas náuticas da cidade costeira de Mumbai (antiga Bombaim), capital do estado de Maharashtra, devido às condições meteorológicas adversas provocadas pela passagem do ciclone Tauktae.

Acionados os alertas, as equipas de resgate destacadas para o local, com recurso a meios aéreos e marítimos, conseguiram resgatar com vida 188 tripulantes da embarcação.

O ciclone Tauktae, que obrigou a retirar mais de 200.000 pessoas de zonas de risco, tocou terra na segunda-feira em Gujarat com rajadas de até 185 km/hora, segundo o departamento meteorológico indiano.

Mais de 16.500 casas sofreram danos, 40.000 árvores foram arrancadas e 2.400 localidades ficaram sem eletricidade.

A tempestade tropical, a mais forte a afetar a região em décadas, fez vítimas nos estados de Kerala, Goa, Maharashtra e Gujarat.

O nível do mar subiu três metros ao longo da costa, informaram as autoridades meteorológicas da cidade costeira de Diu, com ventos de 133km/h.

O ciclone atingiu a Índia numa altura em que o país enfrenta uma segunda vaga avassaladora de novos contágios pelo novo coronavírus -com recordes diários de óbitos -, que está a levar ao colapso do sistema de saúde, com oxigénio e medicamentos em falta.