Num comunicado divulgado no seu ‘site’, o SJ “apela ao boicote às declarações sem direito a perguntas, considerando lamentável que um dos candidatos à liderança do principal partido da oposição tenha, ‘a priori’, rejeitado responder a questões dos jornalistas, quando os convocou para a sua declaração de candidatura”.
“É do entendimento do SJ que Rui Rio, candidato à liderança do PSD, recorreu à figura de ‘declaração sem direito a perguntas’, quando, na realidade, queria que resultasse como uma conferência de imprensa”, acrescenta aquela estrutura.
Para quarta-feira ao final do dia, estava marcada uma “declaração pública” de Rui Rio, em Aveiro, para anunciar a sua candidatura à presidência do PSD, o que resultou num discurso de 20 minutos, no qual foram lidas sete páginas.
Na nota, o SJ recorda que, no mais recente congresso dos jornalistas, foi aprovada uma proposta que defende um boicote jornalístico a eventos que excluem perguntas e às entidades que façam ‘blackout’ aos órgãos de comunicação social.
Saudando o comportamento dos jornalistas da estação televisiva SIC no local, que “não se coibiram de cumprir o seu papel, fazendo perguntas”, o SJ diz que “não consegue compreender como é que um candidato político se recusa, num ato público, a responder a perguntas de jornalistas”.
“A propósito, lembra-se o episódio do semanário Jornal de Barcelos, que decidiu deixar em branco o espaço reservado à notícia que resultaria de uma conferência de imprensa em que os jornalistas não puderam fazer perguntas”, adianta o sindicato.
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