“Irão sofrer represálias motivadas por pressão política e serão desde já transferidos de grupo de trabalho, com risco da não renovação de contrato. Falamos de uma interferência política inaceitável”, referiu o SPP/PSP na nota enviada à Lusa, lembrando que as baixas em causa são “por motivos clínicos devidamente verificados por médico competente”.
Em causa está a dissolução do grupo do Corpo de Intervenção da PSP que apresentou baixa médica no jogo do passado domingo da I Liga de futebol, entre o Benfica e o Gil Vicente, embora tal situação não tenha impedido a realização do desafio.
A informação da extinção daquele pelotão do Corpo de Intervenção foi avançada pela SIC Notícias na terça-feira à noite e a Lusa tentou contactar a Direção Nacional da PSP, que remeteu esclarecimentos para um comunicado a enviar à imprensa.
“Num estado de direito, democrático, estar doente é um direito que a todos assiste, sendo que falamos de baixas médicas (nem sequer se fala de autodeclaração)”, acrescentou o sindicato.
Como reação, o SPP/PSP anunciou a realização de uma concentração para quinta-feira às 08:00 da manhã, junto ao portão do Corpo de Intervenção, na Ajuda, em Lisboa, e sublinhou que há até elementos disponíveis para passar a noite no local.
Nos últimos dias, vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, apesar de a plataforma que representa 11 sindicatos e associações destas forças de segurança não assumir que sejam uma forma de protesto.
Entretanto, o ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna sobre as generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.
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