Os militares da Coreia do Sul revelaram esta sexta-feira que enviaram caças depois de detetarem a mobilização de 180 aviões de guerra norte-coreanos, numa altura em que Seul e Washington realizam exercícios aéreos conjuntos de grande escala que enfureceram Pyongyang.
"Os nossos militares detetaram cerca de 180 aviões de guerra norte-coreanos" mobilizados no espaço aéreo de Pyongyang, disse o Estado-Maior Conjunto de Seul, acrescentando que Seul "preparou 80 caças, incluindo o F-35As", enquanto os jatos envolvidos nos exercícios militares com os EUA também estavam em "postura vigilante".
Logo após a Coreia do Sul anunciar a decisão de estender os exercícios conjuntos na quinta-feira, Pyongyang lançou mais três mísseis balísticos de curto alcance, apelidando a medida de "uma escolha muito perigosa e errada".
Horas depois, o Norte disparou 80 tiros de artilharia que atingiram uma "zona de amortecimento" marítima, disseram os militares de Seul, isto já depois de terem disparado cerca de 30 mísseis na quarta e quinta-feira, incluindo um míssil balístico intercontinental e um que caiu perto das águas territoriais da Coreia do Sul pela primeira vez desde o fim da Guerra da Coreia em 1953.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, descreveu o lançamento do ICBM de Pyongyang como "ilegal e desestabilizador", e Seul e Washington prometeram buscar novas medidas para demonstrar a sua "determinação e capacidade" contra as crescentes ameaças do Norte.
Especialistas e autoridades disseram que Pyongyang está a intensificar os testes em protesto contra os exercícios entre EUA e Coreia do Sul. Washington e Seul alertaram repetidamente que os recentes lançamentos de Pyongyang poderiam ser um precursor de um teste nuclear, que seria o sétimo.
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