“Tudo o que aqui vai acontecendo, todas as possibilidades que vamos estudando e tentando concretizar para o bem dos peregrinos visa sempre isso, a segurança, o bem e uma vinda a Fátima onde as pessoas se sintam seguras e que possam partir daqui com saúde, quer espiritual, quer física”, disse aos jornalistas o padre Joaquim Ganhão, também capelão do santuário.
Segundo o sacerdote, o regresso à realidade antes da pandemia “é mais um regresso desejado do que real”.
“Efetivamente, este regresso tem de se fazer nas circunstâncias que neste momento estamos a viver e as circunstâncias que estamos a viver é que estamos ainda em pandemia”, salientou.
A peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de agosto, que integra a peregrinação nacional do migrante e do refugiado, começa hoje, limitada a 15 mil fiéis nas celebrações.
Joaquim Ganhão precisou que 15 mil pessoas (na peregrinação de 12 e 13 de maio o limite era de 7.500 fiéis) “é um número indicativo, poderá ser menos, poderá ser um pouco mais”, explicando que o critério é o mesmo que tem sido seguido desde o início da pandemia, em março do ano passado.
“Vamos acompanhando a evolução e as possibilidades também a partir do diálogo que se tem mantido com a DGS [Direção-Geral da Saúde] e das normas que têm sido emanadas daí e no diálogo com a Conferência Episcopal”, explicou, referindo que, ultimamente, é dada a possibilidade de poder acolher mais fiéis comparativamente a peregrinações anteriores.
Segundo o diretor do Departamento de Liturgia, o santuário está organizado no sentido de ter “o recinto distribuído por setores e cada setor tem as suas entradas próprias”, onde há “acolhedores que vão monitorizando essa ocupação, sendo que logo que cada setor esteja completo” terá se ser fechada a respetiva entrada, “para segurança de todos”.
Quanto ao tocheiro, onde esta manhã já se formava fila, o padre Joaquim Ganhão reconheceu que “uma das práticas para muitos peregrinos da vinda a Fátima tem a ver, também, com a colocação de uma vela junto de Nossa Senhora”.
“Percebemos nas últimas peregrinações que não era aconselhável ter este acesso interdito por muito tempo”, admitiu, esclarecendo que para esta peregrinação foi criado “um corredor de acesso ao tocheiro” para permitir às pessoas “colocar aí as suas velas e retirarem-se, uma vez que não ficam depois na celebração, porque as pessoas que entram para a celebração terão de permanecer nos seus lugares todo o tempo”.
A peregrinação começa às 21:30 com a recitação do terço, seguindo-se a procissão das velas e a celebração da palavra.
Na sexta-feira, a peregrinação, considerada como a peregrinação dos emigrantes, tem início às 09:00, com o terço, e, uma hora mais tarde, a missa, que inclui uma palavra dirigida aos doentes. As celebrações terminam com a procissão do adeus.
A peregrinação é presidida pelo arcebispo do Luxemburgo, o cardeal Jean-Claude Hollerich.
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