![Sarkozy passa a usar pulseira eletrónica depois de ser condenado por corrupção](/assets/img/blank.png)
Esta sexta-feira a pena de prisão sob forma de pulseira eletrónica, foi aplicada a Nicolas Sarkozy, que impõe a detenção domiciliária com controlo do paradeiro.
Em causa está o caso "Bismuth", em que ex-chefe de Estado foi considerado culpado de ter celebrado um "pacto de corrupção" em 2014 com Gilbert Azibert, um magistrado sénior do Tribunal de Cassação, para que este obtivesse informações e tentasse influenciar um recurso interposto no caso Bettencourt, em troca de uma "ajuda" para um cargo.
Escutas telefónicas apanharam em 2014 Nicolas Sarkozy e o seu advogado, Thierry Herzog, a estabelecerem "um pacto de corrupção".
A procuradoria de Paris informou que a pulseira foi colocada no tornozelo de Sarkozy ao início da tarde, em sua casa, avança o jornal francês Le Monde.
Nicolas Sarkozy só tem permissão para sair de casa entre 8h00 e as 20h00 e até 21h30 às segundas, quartas e quintas, dias em que tem aparecido desde 6 de janeiro no julgamento por suspeita de financiamento ilícito da sua campanha presidencial de 2007.
Este procedimento foi iniciado após a rejeição, a 18 de dezembro de 2024, do recurso de cassação de Nicolas Sarkozy neste caso também conhecido como "caso das escutas telefónicas", tornando definitiva a sua pena de um ano de prisão sob pulseira eletrónica por corrupção e tráfico de influência.
O ex-chefe de Estado está atualmente três tardes por semana no tribunal de Paris, onde está a ser julgado desde 6 de janeiro e até 10 de abril no caso de suspeitas de financiamento da sua campanha de 2007. Pouco depois da condenação no "caso de escutas telefónicas" ter sido confirmada, e antes do julgamento mais recente começar.
Entre 18 de dezembro e 6 de janeiro, Sarkozy passou férias nas ilhas Seycheles, com a mulher e a filha. A partir de agora e pelos próximos 12 meses, terá de pedir autorização para se ausentar fora dos períodos marcados.
A advogada de Nicolas Sarkozy, Jacqueline Laffont, afirmou à agência France Presse que o seu constituinte "continua a contestar o mérito da condenação" e que "antes do final do mês" irá apresentar recurso para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH).
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