“Estamos a trabalhar intensamente nesse assunto. Em primeiro lugar não houve nenhum pedido feito às autoridades portuguesas para repatriar crianças, menores, não acompanhadas, órfãos, de nacionalidade portuguesa que estivessem em campos no Iraque ou na Síria, nenhum pedido”, disse.
“Em relação aos pedidos feitos de senhoras que, deliberada ou não deliberadamente foram cúmplices com organizações terroristas, esses pedidos colocam problemas de segurança nacional muito delicados que estão a ser enfrentados pelas autoridades portuguesas como pelas autoridades dos países que são aliados”, acrescentou.
Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, onde ficou a conhecer os projetos de duas empresas acompanhadas pelo gabinete de apoio ao investidor da diáspora do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O governante acrescentou ainda que não tem conhecimento de nenhum país que seja aliado de Portugal tenha procedido ao repatriamento de combatentes.
“Também não há, do meu conhecimento, nenhum país aliado de Portugal que tenha procedido ao repatriamento de combatentes estrangeiros do Daesh [acrónimo árabe que designa o grupo 'jihadista' Estados Islâmico], e, portanto, nós estamos a tratar desse caso com prudência necessária e com a descrição necessária, porque é um desses assuntos nos quais nós não devemos falar publicamente”, disse.
Em Ponte de Sor, Augusto Santos Silva ficou a conhecer a empresa Be-on, ligada ao desenvolvimento de soluções para aproveitamento de energia solar.
No decorrer da visita foi ainda apresentada ao governante a empresa REXIAA, ligada à indústria de produção de componentes para os setores da aeronáutica e transportes.
Esta empresa vai instalar-se no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor a partir de outubro, criando 80 postos de trabalho, na sequência de um investimento de cinco milhões de euros.
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