Uma coligação pré-eleitoral dos partidos do centro-direita seria "uma possibilidade, mas é difícil e, por isso, propus o acordo pós-legislativas, com base nos resultados que surgirem", mas, "antes das eleições tem que se dizer o que se quer", disse Santana Lopes aos jornalistas, durante uma visita a uma herdade agrícola no concelho alentejano de Serpa, no distrito de Beja.
"Como António Costa [líder do PS] tem que dizer, clarificar de uma vez por todas, que não fique à espera das eleições para ver depois com quem namora, isso é feio", afirmou, frisando: "Tem que se dizer antes de quem é que se gosta".
"E está na cara de todos de quem é que António Costa gosta pela experiência ainda recente, ou seja, a frente de esquerda, que continue lá", disse Santana Lopes, referindo que os partidos do centro-direita "também têm que dizer de sua justiça".
"Eu disse da minha, a Aliança disse da sua, agora temos este ano todo para ir tratando deste assunto e mostrando quem quer [coligação pós-eleitoral] e como quer", sublinhou.
Segundo Santana Lopes, "não há tempo mais propício para uma coligação das forças do centro-direita do que quando existe uma frente de esquerda".
Por isso, é necessário "assumir essa bipolarização [esquerda ou direita], propor aos portugueses, de modo claro, quais são os dois caminhos e daí julgo que só virá bem para Portugal e não mal nenhum", defendeu, frisando que deve haver "clareza de escolhas, de opções" para "os portugueses tomarem a sua decisão na devida altura".
"Podia haver uma coligação pré-eleitoral [dos partidos do centro-direita] para as legislativas, com base no resultado das europeias", mas, "pela distância que tenho visto das outras forças políticas deste setor [PSD e CDS-PP], uma em relação à outra ou em relação a todos os que integram este espaço, acho difícil" e, "pelo menos agora, as condições não estão reunidas para que isso aconteça", disse.
Santana Lopes disse que a Aliança não quer uma coligação pré-eleitoral do centro-direita para as europeias de maio deste ano, porque o partido "por si tem que ir [sozinho] a umas eleições medir a sua força" e também porque "não faz sentido nenhum".
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