“Aquilo que eu não quero é, chegado a uma situação dessas, se por acaso não ganhar as eleições, mesmo nesse enquadramento, tenho de evitar que o país continue governado completamente à esquerda e amarrado à extrema-esquerda como tem andado este, esse é um dos desafios”, afirmou o ex-autarca do Porto, em Arcos de Valdevez, à chegada a uma reunião com militantes daquele concelho do distrito de Viana do Castelo.
Questionado pelos jornalistas, Rui Rio disse que a prioridade nas legislativas de 2019 "é ganhar e ganhar com maioria absoluta" e que, se isso não acontecer, terá que evitar que “o Governo continue a ser este que temos”.
Rui Rio disse que defender o contrário “é estar em choque frontal com o que o PSD tem feito ao longo dos anos”, dizendo “não perceber” a posição assumida pelo seu adversário nas eleições do dia 13 que, recusa acordos de Governo com o PS.
“Há uma pessoa que explicaria melhor isso ao doutor Santana Lopes do que eu, que é o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Quando o engenheiro Guterres teve um Governo minoritário, o PSD liderado pelo doutor Marcelo Rebelo de Sousa e eu, na altura secretário-geral, permitiu que aquele primeiro-ministro, que teve mais votos, governasse que foi o caso do engenheiro António Guterres”, adiantou.
Já sobre as sondagens para as eleições diretas do PSD, que se realizam no sábado, o ex-presidente da Câmara do Porto sublinhou: “as indicações que o doutor Santana Lopes tem são as mesmas que eu, ambos sabemos que estou francamente à frente e é precisamente por estar francamente à frente que ele, entretanto, teve de mudar de discurso, de agudizar o discurso. Quem vai atrás tem de inventar qualquer coisa”.
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