“O doutor Santana Lopes alimentava um pouco esta ideia há muitos anos. Eu próprio na campanha eleitoral falei nisso, porque isto já vem de trás. Tinha a ideia na cabeça e resolveu concretizar”, disse aos jornalistas Rui Rio à margem da visita ao concelho de Monchique, no distrito de Faro.
Pedro Santana Lopes desvinculou-se do PSD e anunciou a criação de um novo partido político, “Aliança”, estando neste momento na fase de recolha de assinaturas.
Rui Rio deslocou-se ao concelho algarvio afetado por um incêndio no início deste mês, onde se reuniu com o presidente da Câmara, com agricultores e produtores florestais, tendo também visitado algumas das áreas ardidas.
Na opinião de Rui Rio, a criação do novo partido por parte do ex-líder social-democrata pode até não ser tão negativo para o PSD: “Se o PSD quiser ganhar eleições, não é na direita, ali a combater a Aliança ou o CDS-PP para ir buscar um ou dois por cento”.
“Onde ganha é ao centro, onde exatamente está a abstenção. É num universo de 20, 30, 40 por cento de eleitores que não vota, eleitores de centro moderado. É nesse espaço que é da social-democracia onde está, a juntar o útil ao agradável, o potencial de ganho e de vitória do PSD”, sublinhou.
Por isso, acrescentou, o PSD “só tem de convencer essas pessoas que aqui está qualquer coisa de diferente em que vale a pena apostar e votar”.
Rio disse ainda que não está desiludido com a saída e a criação de um novo partido por parte de Pedro Santana Lopes: “Nem vejo como uma coisa tática, mas sim a concretização de uma ideia e um sonho do doutor Santana Lopes, com o qual não vou ficar zangado”.
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