No final de uma reunião com a Liga dos Bombeiros Portugueses, em Lisboa, Rui Rio foi questionado sobre o que considera que deve fazer o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se o PSD vencer, mas houver uma maioria dos partidos à esquerda no parlamento.
“Aquilo que o Presidente da República deve fazer é chamar aquele que é, por um lado, o líder do partido que foi mais votado, por outro, aquele que o partido indicou para ser o primeiro-ministro — que normalmente coincide, mas podia não coincidir”, respondeu.
“Deve, portanto, chamar esse que é quem tem a responsabilidade de formar um Governo e apresentar um Governo. É isto que a Constituição diz”, acrescentou Rui Rio.
A Constituição determina que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.
Nas eleições legislativas de 2015, a coligação PSD/CDS-PP Portugal à Frente foi a força mais votada, mas essa vitória não coincidiu com uma maioria da direita no parlamento.
Nessa conjuntura, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, deu primeiro posse a um executivo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Passos Coelho, que os partidos à esquerda inviabilizaram, através de uma moção de rejeição, num momento em que procuravam formar uma solução alternativa.
Só depois o chefe de Estado empossou um Governo do PS chefiado por António Costa suportado por acordos escritos bilaterais com BE, PCP e PEV.
Rio admite que Justino, Miranda Sarmento e Arlindo da Cunha são ministeriáveis
O presidente do PSD, Rui Rio admitiu hoje que David Justino, Joaquim Miranda Sarmento e Arlindo da Cunha são nomes ministeriáveis, caso venha a formar governo, mas não quis confirmar se serão mesmo ministros se ganhar as eleições de domingo.
Questionado pelos jornalistas sobre se estes três nomes seriam ministeriáveis para as pastas, respetivamente, da Educação, Economia e Finanças e Agricultura, Rui Rio disse que qualquer um “está certo” e que até poderia referir “uma série deles mais”, embora sem confirmar se serão efetivamente ministros se formar governo.
“Ministeriável eu entendo como tendo possibilidade de o ser e capacidade para o ser. E isso estou a dizer que sim, esses nomes que referiu, se quiser referir mais, também poderei dizer que sim, que há mais. Agora, quem é e quem vai ser, isso não vou divulgar (…) Não vejo necessidade de divulgar, e até porque não tenho também esses nomes completamente fechados na cabeça, e mais ainda até porque ainda não ganhei as eleições e não quero pôr o carro à frente dos bois", declarou.
"Se me pergunta, foi assim a sua pergunta, nomes ministeriáveis, se me fala em nomes ministeriáveis, qualquer dos que referiu está certo, e poderia referir uma série deles mais, que não é muito difícil de ir descobrindo. Uma coisa é nomes ministeriáveis, diferente é eu dizer quem são os ministros em concreto, no caso de ganhar as eleições”, frisou.
Questionado sobre se o facto de não confirmar se estas pessoas seriam efetivamente ministros num governo PSD se deve a estar menos confiante, Rui Rio negou que esteja menos confiante nos resultados das eleições de domingo, dizendo que não é “triunfalista”.
Da visita à Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rio seguiu para um almoço com a Confederação do Turismo de Portugal, num hotel em Lisboa, de onde se dirigirá para a baixa da cidade, onde fará a descida do Chiado, encerrando a campanha eleitoral.
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