O comprovativo de vacinação começou a ser solicitado em pontos turísticos, espaços públicos como cinemas, teatros, estádios, ginásios, piscinas, centros de treino, clubes, vilas olímpicas, circos, salas de concerto, museus, feiras, galerias, parques e ‘playgrounds’.
A primeira prova de fogo da medida será hoje na reabertura dos estádios de futebol ao público após mais de um ano fechados.
O Maracanã receberá 24 mil espetadores, um terço de sua capacidade, para um jogo entre Flamengo e o Grémio nos quartos de final da Copa do Brasil.
Todos os que comparecerem no estádio terão que apresentar tanto o certificado de vacinação quanto o diagnóstico negativo de covid-19 feito nas últimas 48 horas.
O Rio de Janeiro, segunda cidade mais atingida pela covid-19 no Brasil, também estabeleceu a obrigatoriedade do comprovativo de vacinação para pessoas que desejam se submeter a cirurgias eletivas tanto em hospitais públicos quanto privados, para funcionários municipais e para quem recebe algum tipo de auxílio social.
Por enquanto e por pressão dos empresários a obrigação não se estende a restaurantes, bares, supermercados, lojas e ‘shoppings’, que terão que respeitar outras medidas preventivas, como restringir o número de pessoas, distanciamento e exigir o uso de uma máscara.
O Rio de Janeiro anunciou a restrição em 27 de agosto com a intenção não só de desacelerar ainda mais a propagação da pandemia, mas também de estimular a vacinação, principalmente entre pessoas que não tomaram a segunda dose dos imunizantes aplicados no país.
De acordo com a prefeitura ‘carioca’, pelo menos 212 mil pessoas com mais de 50 anos não compareceram no prazo estipulado para a aplicação da segunda dose e outras 166 mil maiores de 18 anos não compareceram aos postos de imunização para a primeira dose.
Apesar de o número de mortes e internamentos por covid-19 ter diminuído no Rio de Janeiro desde maio, como em todo o Brasil, a cidade tornou-se o foco da variante Delta e continua sendo a segunda mais afetada pela pandemia, só superada por São Paulo.
Com 6,7 milhões de habitantes, a capital ‘fluminense ‘ é a segunda mais atingida pela pandemia no Brasil, com 32.895 mortes e 460.999 casos desde o início da pandemia.
Ao contrário de todo o Brasil, o número de infeções aumentou entre julho e agosto no Rio de Janeiro devido à rápida disseminação da estirpe Delta, mais transmissível, e atualmente responsável por 96% dos novos casos registados na cidade.
O Brasil, com cerca de 588 mil mortos e pouco mais de 21 milhões de infetados, é o segundo país do mundo em número de vítimas e o terceiro em casos, depois dos Estados Unidos da América e da Índia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.646.416 mortes em todo o mundo, entre mais de 225,72 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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