Num editorial, a revista acusa Bolsonaro de ter assumido o cargo “negando a ciência, ameaçando os direitos dos povos indígenas e promovendo as armas como solução para os problemas de segurança”.
“Bolsonaro foi fiel à sua palavra. O seu mandato foi desastroso para a ciência, para o ambiente e para o povo brasileiro”, observou a revista, que criticou ainda os cortes feitos pelo atual Governo brasileiro na área da educação.
A Nature comparou Bolsonaro com o “ex-colega populista dos Estados Unidos” Donald Trump, com quem coincidiu na negação dos “avisos dos cientistas sobre o coronavírus”, bem como dos “perigos da doença”.
Ao mesmo tempo que criticou duramente Bolsonaro, a revista elogiou algumas das políticas de financiamento levadas a cabo durante os mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em domínios como a educação, ciência e ambiente.
“Durante algum tempo, o Brasil quebrou a ligação entre a desflorestação e a produção de carne de bovino e soja. Parecia que o país poderia ser pioneiro na sua própria marca de desenvolvimento sustentável. Muito desse progresso foi desmantelado”, lamentou a Nature.
Lula da Silva e Bolsonaro disputam no domingo a segunda volta das eleições presidenciais brasileiras.
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