Em causa está a saída dos Estados Unidos daquele acordo, rubricado em 2015, e a imposição de sanções económicas de Washington contra Teerão.

A reunião de acompanhamento da aplicação do acordo, presidida pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, conta com a participação da China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Irão.

O contexto é de grande tensão entre Teerão e Washington e o encontro ocorre quando falta pouco mais de uma semana para o final do prazo dado pelo Irão aos Estados ainda parte do acordo para o ajudarem a contornar as sanções norte-americanas que arruinam a sua economia.

Um ano depois dos EUA terem anunciado a saída do acordo e restabelecerem sanções, no passado dia 08 de maio, Teerão anunciou que deixaria de respeitar dois dos seus compromissos no âmbito do acordo, renunciando a limitar as suas reservas de água pesada e de urânio enriquecido.

Adiantou que deixaria de respeitar as restrições sobre o grau de enriquecimento de urânio e retomaria o seu projeto de construção de um reator de água pesada em Arak (centro) se os signatários do acordo não conseguissem cumprir os seus compromissos no prazo de 60 dias.

O pacto assinado em Viena em 2015 estabelece limites ao programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais, mas as medidas adotadas até agora pela Europa em contraponto às sanções norte-americanas não têm sido eficazes.

A Agência Internacional de Energia Atómica, que fiscaliza a aplicação do acordo, certificou que o Irão tem cumprido até agora com os compromissos assumidos e uma fonte diplomática em Viena disse que Teerão também não deve ultrapassar as reservas de urânio fracamente enriquecido estabelecidas no pacto, ao contrário do anunciado pela República Islâmica.