Numa carta enviada ao Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da UE, Josep Borrel, Rangel questionou se está prevista “a disponibilização de novos fundos para equipar e capacitar as forças armadas que combatem a insurgência terrorista, no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz”.
O eurodeputado, numa pergunta escrita subscrita pelos restantes cinco membros da delegação social-democrata, quer saber se foram adotadas medidas e verbas pela UE para garantir ajuda humanitária e de emergência às populações afetadas na região de Cabo Delgado, novamente atacada por grupos terroristas islâmicos.
Os eurodeputados querem ainda saber se há alguma estratégia definida para após a saída, até 24 de junho, da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique.
Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou recentemente a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos alguns ataques reivindicados pelo EI, o que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos do gás.
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