“O aumento, pela primeira vez em cinco anos, da quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis destinados a aterro e a interrupção da tendência de crescimento da quantidade de resíduos urbanos preparados para a reutilização e reciclagem pode comprometer as orientações estratégicas de âmbito nacional da política de gestão de resíduos”, refere o INE.
As Estatísticas do Ambiente, hoje divulgadas, referem que, no ano passado, foram recolhidos em Portugal cerca de 5 milhões de toneladas de resíduos urbanos, ou seja, mais 115 mil toneladas do que em 2016).
O valor representa um rácio de 1,3 quilogramas por dia e por habitante.
De acordo com a mesma fonte, a deposição de resíduos urbanos biodegradáveis em aterro inverteu a tendência decrescente de anos anteriores, atingindo 43% do total.
Esta percentagem afasta-se da meta estabelecida para 2020, que é 35%.
Já as empresas geraram 9,2 milhões de toneladas de resíduos em 2017, diminuindo 0,7 milhões de toneladas (menos 6,8%) face a 2016.
O instituto sublinha que houve um aumento da quantidade de resíduos setoriais valorizados, subindo de 82,8% em 2016 para 85,4% no ano passado.
“O ano de 2017 foi o mais eficiente dos últimos cinco anos, com 51 kg por milhar de euros de PIB gerado, devido ao efeito combinado de uma redução absoluta na geração de resíduos com um acréscimo no PIB”, avança o INE.
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