No dia nacional de Andorra, Marcelo Rebelo de Sousa desceu em passo acelerado um caminho ao longo de uma encosta, com pedras soltas, até ao Santuário de Nossa Senhora de Meritxell, onde assistiu a uma missa em honra da padroeira do principado.
"Agora viramos à direita, coisa que eu em Portugal já não faço há algum tempo", observou a certa altura, acrescentando: "De vez em quando faço, mas a direita não nota. Eu quando viro à direita em Portugal, a direita está distraída a bater na esquerda, não nota. Em vez de aproveitar, não nota".
Antes, quando lhe sugeriram que se aproximasse da beira da ravina para tirar uma fotografia, o chefe de Estado declarou que essa sugestão só podia partir de alguém "feito com a oposição" e interrogou: "Quem será a oposição ao Presidente que ama todos os portugueses?".
Depois, deu a resposta: "Não há oposição. Tem de ser alguém muito distraído. Com quotas de popularidade de 80 e tal por cento, tem de ser alguém muito distraído".
À conversa com o ministro do Interior de Andorra, Xavier Espot Zamora, Marcelo Rebelo de Sousa falou do início do seu percurso político e considerou que "a política é difícil em todo o lado e, sobretudo, é cada vez mais difícil".
No início deste percurso, o Presidente da República encontrou portugueses, entre os quais uma jovem enfermeira que lhe pediu "para lutar pelos enfermeiros em Portugal". O Presidente da República retorquiu: "Vou recebê-los, vou recebê-los", numa referência aos encontros que terá na próxima semana, no Palácio de Belém, com as ordens profissionais ligadas à saúde.
No final, já no Santuário, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a encontrar emigrantes e, enquanto tirava sucessivas fotografias com os portugueses, comentou a situação nacional declarando: "Aquilo está a crescer, a crescer, a crescer. Turistas, turistas, turistas".
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