1. China acusada de forçar uigures a trabalhar em empresas de energia solar
Quase metade do polissilício utilizado pelo mundo, uma matéria-prima essencial para o fabrico de painéis solares, vem de Xinjiang, província do noroeste da China que tem vindo a ser acusada de crimes de violação de direitos humanos contra o grupo étnico uigur, povo de origem turcomena.
Repórteres da Bloomberg viajaram até Xinjiang à procura de respostas às acusações de trabalho forçado para produzir ferramentas utilizadas na captação de energia solar. Lá foram perseguidos por seguranças e proibidos de falar com os habitantes locais.
À medida que a energia solar se torna cada vez mais popular, o mundo enfrenta o dilema moral de “abraçar o futuro verde” sem saber que é à custa de trabalho forçado, refere a reportagem.
Incapazes de determinar as condições de trabalho nas fábricas de Xinjiang, alguns governos e empresas decidiram que o mais seguro é afastarem-se economicamente da região. Pelo menos 175 empresas assinaram um compromisso não vinculativo de uma associação comercial dos EUA para evitar o trabalho forçado.
Para ler na íntegra em Bloomberg
2. Autoridades brasileiras intimidam líderes indígenas após críticas ao governo de Bolsonaro
No Brasil, lar do pulmão do planeta, os grupos indígenas têm sido alvos frequentes do governo, suportando repercussões desproporcionais dos impactos climáticos nas suas comunidades. Recentemente, vários ativistas de direitos humanos alertaram que as autoridades do país estão a limitar a liberdade de expressão de grupos indígenas.
Sônia Guajajara, líder da maior organização indígena do Brasil, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), e Almir Suruí foram investigados no mês passado devido a campanhas lançadas nas redes sociais que aumentaram a consciencialização sobre a ameaça que a Covid-19 representa para a população indígena do Brasil.
Os dois líderes foram acusados de divulgar notícias falsas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo oficialmente responsável pela proteção dos interesses indígenas.
“É assustador receber uma intimação da polícia por uma denúncia feita pela própria Funai. Isto não tem precedentes. É a nova Funai de Bolsonaro, que inverteu completamente o seu papel de proteger os povos indígenas”, refere Guajajara.
Ambos os casos foram arquivados esta semana por juízes federais que consideraram não haver fundamento para as investigações, descrevendo a situação como um “constrangimento ilegal”.
Para ler na íntegra em The Guardian
3. Desmatamento aumentou em mais de 50% desde que empresas e governos se comprometeram a travá-lo
Nos sete anos desde que governos e empresas prometeram parar o desmatamento, houve um aumento do mesmo em mais de 50%, mostra um novo relatório, com a agricultura comercial responsável pela maior parte do aumento.
O relatório, divulgado na terça-feira pelo grupo conservacionista Forest Trends, rastreia o desmatamento, legal e ilegal, em 23 países com grandes áreas de florestas tropicais, incluindo o Brasil, lar da maior parte da floresta amazónica. A pesquisa analisa o período que começa em 2014, quando dezenas de governos, organizações e empresas assinaram a Declaração das Florestas de Nova Iorque, um acordo voluntário para reduzir o desmatamento pela metade até 2020 e detê-lo totalmente até 2030.
Para ler na íntegra em Inside Climate News
4. Agência Internacional de Energia quer que a exploração de petróleo, gás natural e carvão seja abandonada imediatamente
Estamos atualmente em confronto constante com a realidade de que é necessário reduzir as emissões de gases de efeito de estufa, de modo a alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) refere num novo relatório que investimentos em petróleo, gás natural e carvão devem cessar: “parar imediatamente de aprovar novas centrais termoelétrica a carvão e novas explorações de petróleo e gás natural, bem como eliminar rapidamente os veículos movidos a gasolina se querem evitar os efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas”, refere a IEA.
Para ler na íntegra em Reuters
Por cá: Garrafas de água, sumo e latas de cerveja podem vir a ter uma taxa até 15 cêntimos
A compra de garrafas de água, sumos ou latas de cerveja, cidra e refrigerantes pode passar a ser acompanhada de uma tara, com um valor entre 5 e 15 cêntimos.
Estes valores, porém, serão devolvidos quando as garrafas ou latas vazias forem entregues num dos pontos de retorno criados para o efeito no futuro sistema de depósito de embalagens de uso único, como supermercados ou lojas de bebidas.
A informação vem de um relatório pedido pela Agência Portuguesa do Ambiente à 3drivers e à Nowa, a que o ‘Jornal de Notícias’ teve acesso. No documento, vinhos e leite ficam para já de fora do sistema, por poderem gerar mau cheiro nas máquinas e nos locais de armazenamento das embalagens, escreve o diário.
Para ler na íntegra em SAPO24
Comentários