Bolsonaro chegou na terça-feira à Rússia, tendo sido recebido no aeroporto pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, mas a agenda da visita está concentrada no dia de hoje, quando terá o encontro com Putin.
Além disso, o Presidente brasileiro tem previstos uma visita ao Túmulo ao Soldado Desconhecido, uma reunião com empresários russos e um encontro com representantes da Duma (câmara baixa do parlamento russo).
O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, disse esta segunda-feira que Putin aguarda a visita de Bolsonaro “com impaciência” e que o Presidente russo pretende abordar uma relação bilateral “intensa”, mas também “trocar opiniões sobre os temas mais candentes da agenda mundial”, numa alusão à tensão relativa à Ucrânia.
Segundo Bolsonaro, a visita à Rússia tem objetivos puramente comerciais, centrados sobretudo na crescente necessidade do Brasil de garantir o abastecimento de fertilizantes russos para a agricultura.
Os dois países têm uma intensa relação comercial, com uma balança claramente favorável à Rússia, que em 2021 exportou para o Brasil produtos no valor de 5.700 milhões de dólares (5.040 milhões de euros), dos quais 60% correspondem a operações com fertilizantes.
As exportações do Brasil para a Rússia, também no ano passado, somaram 1.590 milhões de dólares (1.405 milhões de euros), sobretudo de produtos alimentares.
No âmbito da visita de Bolsonaro, também se realizará uma reunião bilateral de ministros de Negócios Estrangeiros e Defesa, na qual, de acordo com fontes oficiais, será discutido o “fortalecimento da cooperação no campo técnico-militar”.
Na quinta-feira, Bolsonaro viaja para Budapeste, onde será recebido pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, líder de extrema-direita com quem já disse partilhar a “agenda de valores conservadores”.
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