A PSP fez, pelas 10:00, na reitoria da Universidade de Lisboa, o lançamento formal do projeto Universidade Segura, onde afirmou que esta iniciativa, que dá seguimento ao projeto Escola Segura, visa adotar uma tática policial para colmatar a “lacuna existente” quando este projeto não enquadrava as academias.
Em conferência de imprensa, o comandante vincou que “a intenção é que os alunos se sintam seguros”, visto que o sentimento de “segurança é crucial, principalmente neste grupo alvo”.
Na prática, a iniciativa implica uma maior presença da polícias nos campus universitários e atividades com o envolvimento dos alunos.
Os estudantes do programa internacional Erasmus são uma “prioridade” neste projeto-piloto, porque, “por norma, não conhecem a cidade e a língua e caem num ambiente que não dominam”, estando mais vulneráveis.
“Há uma apetência muito grande para os alunos de outros países virem estudar para Portugal”, apontou o comandante.
A PSP aconselha e dá as informações possíveis aos alunos de Erasmus, e, por isso, nos postos policiais os agentes falam diversas línguas, sendo que um dos agentes envolvido nesta operação é especialista em linguagem gestual.
Além do excesso de álcool, um dos principais problemas neste universo é a violência no namoro, que “também é um processo muito usual”, referiu António Vítor Lima.
Um total de 16 universidades foram envolvidas neste projeto-piloto, sendo que todas se localizam na área da 2.ª e da 4.ª divisão do Comando Metropolitano de Lisboa.
O grande objetivo é tornar esta atividade numa iniciativa a longo prazo e implementar o Universidade Segura em quatro comandos nacionais, nomeadamente Porto, Coimbra, Lisboa e Faro.
O Universidade Segura tem um logótipo associado ao projeto feito pelos alunos do curso de Design das universidades envolvidas.
A polícia tem um ‘feedback’ “muito positivo” da iniciativa – que já está em curso, embora só tenha sido apresentada oficialmente hoje - e notou que “há uma excelente aproximação” da Polícia de Segurança Pública com os alunos das universidades envolvidas.
Segundo o reitor da Universidade de Lisboa, António Serra, a polícia é vista de uma forma “completamente diferente daquela que era encarada há uns anos pela comunidade académica”.
“A melhor prova de que isto corre bem é que esta iniciativa não é dentro da universidade e as associações de estudantes e os alunos recorrem ao auxílio das forças de segurança quando necessário”, citou o reitor.
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