"Hoje é um dia de boas noticias, Portugal ganhou e eu sou candidato à liderança do PPD/PSD", afirmou.
Além de chefe de Governo, Santana Lopes foi líder do PSD, presidente das Câmaras da Figueira da Foz e da de Lisboa e desempenha atualmente as funções de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Santana Lopes adiantou que só apresentará publicamente a sua candidatura na próxima semana e revelou que manifestou ao presidente do partido, Pedro Passos Coelho, a sua preferência pela realização de diretas em janeiro, a opção que acabou por ser aprovada na segunda-feira em Conselho Nacional.
Sobre a Santa Casa, disse ter pedido hoje ao primeiro-ministro, António Costa, a cessação de funções, mas admitiu que ainda precisará de algumas semanas para finalizar o seu trabalho, depois de ter sido conhecida uma carta de despedida aos funcionários, enviada hoje.
Primeiro-ministro entre julho de 2004 e março de 2005, Pedro Miguel Santana Lopes nasceu a 29 de junho de 1956 e é militante do PSD desde 1976, tendo chegado pela primeira ao parlamento pelas listas sociais-democratas em 1980.
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros no X Governo Constitucional, no primeiro Governo de Cavaco Silva, de novembro de 1985 a agosto de 1987, deputado ao Parlamento Europeu de julho de 1987 a julho de 1989, e secretário de Estado da Cultura do XI e XII Governos Constitucionais, foram outros dos cargos exercidos por Santana Lopes.
A experiência autárquica de Santana Lopes começou na Figueira da Foz, exercendo a presidência desta autarquia entre 1998 e 2001, quando se candidatou e venceu contra o socialista João Soares a Câmara Municipal de Lisboa.
Exerceu o mandato entre janeiro de 2002 e julho de 2004 e, depois, de março a setembro de 2005.
Entre esses dois períodos, Santana Lopes assumiu a liderança do PSD - quando Durão Barroso saiu para ocupar o cargo de presidente da Comissão Europeia em Bruxelas - e o cargo de primeiro-ministro do Governo de coligação PSD/CDS-PP, mas sem ir a votos.
Santana Lopes era então vice-presidente do PSD - depois de em 2000 ter disputado e perdido a liderança do partido para Durão Barroso - e foi eleito líder do PSD em Conselho Nacional e depois confirmado em Congresso.
No entanto, em dezembro, poucos meses depois de tomar posse, o então Presidente da República Jorge Sampaio acaba por dissolver a Assembleia da República e Santana Lopes demite-se, ficando-o Governo em gestão até às eleições legislativas de março de 2005.
Nas eleições, o PS de José Sócrates alcançou a sua primeira maioria absoluta, e Santana Lopes voltou à Assembleia da República. Quando Luís Filipe Menezes ganhou a liderança do partido a Marques Mendes em outubro em 2007, assumindo a presidência do grupo parlamentar.
Em 2008, disputou pela segunda vez a liderança do PSD, que perdeu para Manuela Ferreira Leite, ficando atrás do segundo candidato mais votado, Pedro Passos Coelho.
Em 2009 foi, de novo, candidato ao município de Lisboa pelo PSD, o CDS-PP, o MPT - Partido da Terra e o PPM, mas perdeu para António Costa, mantendo-se, no entanto, como vereador da oposição, líder de bancada do PSD, até ao anúncio da candidatura de Fernando Seara, em 2013.
Desde 2011, ocupa o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sendo já a personalidade que por mais tempo ocupou o cargo desde o 25 de abril.
Nas eleições presidenciais de 2011, chegou a ponderar uma candidatura, tal como nas últimas autárquicas, quando foi desafiado pelo líder do PSD Pedro Passos Coelho a concorrer novamente à Câmara da capital, mas, em ambos os casos, acabaria por não se apresentar a votos.
[Notícia atualizada às 23:14]
Comentários