“Nós temos de facto uma grande decisão pela frente, temos uma grande decisão pela frente porque se confrontam nestas eleições democraticamente dois caminhos alternativos para o futuro do PSD”, afirmou o antigo líder parlamentar num comício, em Lisboa.
Na ótica do candidato, “Portugal precisa mesmo muito” do PSD.
“Eu quero aqui dizer de uma forma muito clara, o meu adversário chama-se António Costa, o meu adversário chama-se socialismo. O doutor Rui Rio e o engenheiro Pinto Luz são meus parceiros, são meus companheiros e aqueles que os apoiam estarão ao nosso lado, estarão ao meu lado para irmos à conquista da confiança dos portugueses”, vincou Luís Montenegro.
Ainda assim, defendeu que “esta eleição não é para escolher os amigos, nem os colegas, nem os mais simpáticos, nem os mais, enfim, prendados para o trabalho político”, e pediu que “os militantes do PSD optem convictamente por aquilo que querem para o futuro”.
“Eu não quero votos de ocasião, eu quero votos de convicção”, assinalou, destacando que o seu objetivo é conseguir um “PSD unido”.
Notando que olha para o PSD da mesma forma que olha para o país, o candidato considerou que “dentro do PSD há dois caminhos alternativos e em Portugal também vai haver dois caminhos alternativos”.
“Porque nós não somos diferentes de Portugal, nós temos de fazer cá dentro o que queremos que a sociedade compreenda lá fora que também somos capazes de fazer”, advogou, defendendo uma unidade.
“Unidade não significa que pensemos todos da mesma maneira, nem nesta candidatura nós pensamos todos da mesma maneira. Unidade significa a capacidade de sabermos discutir uns com os outros, sabermos confrontar ideias e, depois de escolhermos o caminho e o programa, contar com todos para a sua execução”, precisou o candidato social-democrata.
Na ótica de Montenegro, “não vale a pena o país olhar para o Partido Comunista e para o Bloco de Esquerda como as forças políticas da oposição” porque, “por mais disfarce que haja, ali está a sustentação do Governo”.
“A força política que deve e vai ser identificada como a oposição e alternativa é o PSD”, porque foi essa a missão que “o povo confiou” nas últimas eleições legislativas, e isso “é mesmo muito necessário, é necessário à própria vitalidade da democracia”, justificou.
As eleições diretas para a liderança do PSD são disputadas no sábado entre o antigo líder parlamentar Luís Montenegro, o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, e o atual presidente do partido, Rui Rio.
Sobre o PS e o seu líder, António Costa, Montenegro acusou-os de andarem “com tiques de se transformarem nos donos disto tudo”.
“É que, quando um ministro das Finanças acha normal, acha que não já conflito de interesses em poder sair do gabinete de ministro das Finanças para o gabinete de governador do Banco de Portugal, se acha isto normal então o conceito de conflito de interesses e de uso e abuso de poder é diferente daquele que nós temos no PSD e o PSD não pode compactuar com isto”, criticou.
Considerando que é “perder tempo” andar a discutir se o partido “é mais de direita, mais de esquerda ou mais de centro”, Luís Montenegro assinalou que o PSD é representante “do interesse das populações, do interesse das pessoas, do interesse da comunidade”.
No comício estiveram presentes o ex-presidente da distrital de Lisboa do PSD Pedro Pinto, o antigo vice-presidente da Assembleia da República José Matos Correia, que discursaram antes do candidato, a histórica militante Conceição Monteiro, o antigo líder da bancada parlamentar Hugo Soares, a presidente da Juventude Social Democrata e mandatária, Margarida Balseiro Lopes, a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz e o antigo deputado António Leitão Amaro.
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