“É com enorme expectativa, mas com enorme otimismo que encaro esta última semana de campanha, porque esse otimismo vem da energia que me foi transmitida por milhares de militantes com quem eu estive, com quem eu falei, quem ouvi, e é essa energia que tenho para iniciar esta última semana de campanha”, disse.

Pinto Luz falava em Macedo de Cavaleiros, à margem de uma reunião com militantes do distrito de Bragança, onde realçou o périplo que tem feito “de norte a sul do país, nas ilhas, visitando, conhecendo muitos militantes”.

“Eu costumo dizer que onde existir um militante do PSD eu estarei lá e é isso que temos feito e que estamos hoje a fazer aqui no distrito de Bragança, em Macedo de Cavaleiros. Sairei daqui com mais conhecimento do terreno, da realidade do PSD, que é uma realidade difícil”, acrescentou.

Se no dia 11 de janeiro não for o mais votado entre os três candidatos à presidência do PSD, Pinto Luz reafirmou hoje que não apoiará nem o atual presidente do partido, Rui Rio, nem o outro candidato, Luís Montenegro.

“Eu votarei, exercerei o meu direito enquanto militante do PSD, mas o sentido de voto não será revelado”, sustentou.

O candidato ressalvou, contudo, que acredita ser “merecedor da confiança dos militantes no dia 11 de janeiro”, que tem “um enorme respeito pelo voto dos militantes” e que não tem “qualquer tipo de varinha de condão para adivinhar quais serão os resultados.”

“Sinto uma enorme energia, galvanizadora desta candidatura que começou mais tarde, mas que hoje já se apresenta a disputar um espaço que é seu por direito, porque houve trabalho, houve mobilização, houve militantes que querem fazer deste partido um partido grande outra vez”, declarou.

Pinto Luz disse ainda que esta candidatura “é sinalizadora de vivacidade” e “tem demonstrado, de uma forma muito clara, que há muita gente que não aparece, que não tem estado na primeira linha do combate, mas que tem muita vontade de aparecer”.

O presidente do partido, Rui Rio, anunciou, na quinta-feira, também em Macedo de Cavaleiros, que o partido irá revelar, na terça-feira o sentido de voto à proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo socialista e que para Pinto Luz só pode ser um.

“O voto contra é o único voto possível para o PSD neste orçamento, que é um orçamento em linha com os últimos quatro orçamentos apresentados pelo Partido Socialista”, reiterou.

Sobre o PSD não ter sido chamado para negociar com o Governo, Pinto Luz referiu que “não tinha grande esperança de que houvesse qualquer tipo de movimento no sentido de aproximação”.

“O doutor Rui Rio é que tinha, lá no fundo, uma ténue esperança de que isso pudesse acontecer. Eu não era desses otimistas que olhasse para o Partido Socialista como um partido sério, credível. É um partido que parou, estagnou, cristalizou e radicalizou-se à esquerda”, considerou.