No final da reunião da primeira reunião da bancada parlamentar desde que Rui Rio foi eleito presidente do PSD com 54,1% dos votos – só tomará posse no final do Congresso do PSD, a 18 de fevereiro - , Hugo Soares foi questionado sobre alguma eventual agitação entre os deputados, depois de Rio ter assegurado a continuidade “em plenitude de funções” da direção parlamentar até ao Congresso.
“Pode-lhe parecer estranho mas o grupo parlamentar do PSD está com absoluta normalidade e nenhuma ou nenhum deputado tocou sequer nessas questões. Em primeiro lugar, porque sabe que o líder parlamentar está a trabalhar em total sintonia e com total normalidade com o dr. Rui Rio. E, em segundo lugar, porque o nosso combate e o nosso empenho é [contra] aquilo que dr. António Costa está a fazer ao país”, disse.
Questionado se tem tido contactos mais frequentes com Rui Rio do que os dois encontros tornados públicos, Hugo Soares respondeu que essas conversas têm decorrido sempre que existe o entendimento de que há matérias no parlamento sobre as quais a futura liderança do partido terá "uma palavra a dizer".
“Só que tudo isso se faz no recato e na sintonia entre o líder parlamentar e o líder eleito”, afirmou.
Na segunda-feira, foi tornada pública a segunda reunião ente Rui Rio e Hugo Soares, que decorreu no Porto, da qual saiu um comunicado expressando concordância entre ambos de que a direção da bancada na Assembleia da República deve manter-se "na plenitude das suas funções" até ao Congresso.
"O presidente eleito do PSD transmitiu ao líder da bancada parlamentar que é da sua vontade garantir a estabilidade e a capacidade de intervenção do grupo parlamentar, desejando, por isso, que se consiga evitar qualquer foco de agitação, decorrente do período de transição de liderança que se está a viver até meados do próximo mês de fevereiro", lê-se numa nota do gabinete de Rui Rio.
Nesse sentido, "e também porque até lá o líder do partido é, por direito próprio, Pedro Passos Coelho, Rui Rio entende que a atual direção da bancada se deve manter na plenitude das suas funções até ao próximo Congresso Nacional, remetendo-se apenas para essa altura a necessária análise política da questão", sustenta-se na nota oficial.
"O presidente do grupo parlamentar mostrou-se concordante com estes objetivos, assumindo ser também essa a sua leitura, no quadro da presente situação política do partido", é ainda referido no comunicado.
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