Durante a homenagem ouviram-se gritos de populares a pedir a demissão do ministro da Saúde, Salvador Illa, criticado pela direita pela sua gestão da luta contra a pandemia.
O monumento inaugurado é uma escultura do artista catalão Jaume Plensa denominada “A Árvore da Vida” feita em aço inoxidável e com mais de sete metros e meio de altura e seis toneladas de peso que representa um coração no topo de uma coluna formada por letras de diferentes alfabetos.
A escultura foi colocada numa praça de Madrid ao lado do estádio Santiago Bernabéu, do clube de futebol Atlético Madrid.
Na cerimónia estiveram presentes os principais responsáveis da comunidade autónoma e do município de Madrid que são de partidos de direita: Partido Popular e Cidadãos (direita Liberal).
Desde a chegada do ministro da Saúde espanhol, que pertence ao Governo minoritário de coligação entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda), e até ao fim da cerimónia, os cidadãos que estavam a assistir ou nas varandas dos edifícios em redor, onde estavam penduradas bandeiras espanholas, gritaram “Illa, demissão” e proferiram insultos como “assassino”, “canalha” e “mentiram-nos a todos”.
Ao mesmo tempo, deram vivas e aplaudiram os reis de Espanha, assim como a presidente da Comunidade autónoma e o presidente da autarquia, ambos do Partido Popular.
O evento começou com um minuto de silêncio em memória dos cerca de 120 profissionais de saúde que morreram no exercício da sua profissão durante a pandemia, incluindo 83 médicos.
O monumento, cujo significado foi explicado pelo autor aos reis, foi originalmente concebido como um tributo aos mortos, mas acabou por ser alargado a todo o pessoal de saúde.
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