No encerramento do debate do Programa do Governo, o líder da bancada parlamentar liberal, Rodrigo Saraiva, considerou que dois dias de discussão no parlamento do documento “mostram mais do mesmo”, ou seja, que o PS “não faz ideia de como pôr Portugal a crescer”.
Na análise da IL, “esta incapacidade não é meramente conjuntural”, sendo este programa “estruturalmente parecido” com o que foi apresentado em 2019, considerando que “foi só cortar e colar” e “vira o disco e toca o mesmo”.
Segundo Rodrigo Saraiva, o Programa do Governo “nega os impactos da pandemia e das decisões erradas que o anterior governo tomou” e também “a existência de uma guerra na Europa, com impactos que se já se fazem sentir e farão sentir ainda mais no dia a dia dos portugueses”.
“O Partido Socialista junta à sua incompetência, à negação da realidade, ao imobilismo e ao estatismo, a incapacidade de simplificar”, sintetizou, num discurso com muitas críticas ao partido liderado por António Costa.
O dirigente liberal aproveitou o momento para usar declarações de António Costa na quinta-feira, durante o debate.
"Ainda bem que trouxe ontem o exemplo da Holanda, dos Países Baixos, como sua inspiração em matéria de habitação. Mas o sucesso ali registado não acontece por acaso. Esse é um país que aposta sem complexos em políticas liberais. Também na Educação, na Saúde e na Fiscalidade, tanto para pessoas como para empresas", respondeu.
Rodrigo Saraiva também não deixou de responder a outra declaração do primeiro-ministro na véspera, quando António Costa disse que a comunicação da IL "é excelente", sendo o problema "o produto da IL", usando o exemplo da Coca-Cola.
"Como ontem falou de Coca-Cola, e passe a publicidade, permita-me que cite um grande português que disse sobre essa bebida: primeiro estranha-se, depois entranha-se", afirmou, referindo-se a Fernando Pessoa.
Na perspetiva do deputado da IL, "perante este programa do PS não se pode mesmo esperar algo de novo", considerando, no entanto, que "existem caminhos alternativos".
Rodrigo Saraiva elencou depois um conjunto de propostas dos liberais na educação, saúde, segurança social, sistema eleitoral e justiça, defendendo ainda uma simplificação do sistema fiscal e uma efetiva baixa de impostos para as empresas.
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