António Costa chegou ao Teatro Aveirense para uma sessão protocolar de Aveiro como Capital Portuguesa da Cultura pelas 18:20 e tinha à sua espera elementos das forças de segurança que há mais de duas semanas estão em protesto para exigir um suplemento de missão idêntico ao da Polícia Judiciária.
Nas imediações do teatro estavam concentrados mais de 50 profissionais.
Antes da chegada de António Costa, o representante da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Américo Rebelo, afirmou aos jornalistas que as forças de segurança vão "continuar a luta".
"As forças de segurança não deveriam ser consideradas uma despesa, mas sim um investimento para a segurança dos portugueses", acrescentou.
Os protestos das forças de segurança por melhores condições salariais começaram há mais de duas semanas por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargaram a todo o país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.
Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança e após o Governo ter aprovado o suplemento de missão para a PJ.
A plataforma organizou na quarta-feira em Lisboa uma manifestação que juntou cerca de 15 mil elementos das forças de segurança e tem agendado um outro protesto para o dia 31 no Porto.
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