Hugo Soares falava aos jornalistas em Braga para responder às críticas da oposição, incluindo do secretário-geral do PS que acusou o Governo de estar a enganar os portugueses com o “embuste e fraude” que representa o alívio fiscal, quando afinal este rondaria apenas os 200 milhões de euros.
Segundo Hugo Soares, é preciso que "fique muito claro" que o Governo e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não mentiram, nem tentaram enganar os portugueses.
O líder parlamentar do PSD realçou que Luís Montenegro "foi aliás cristalino na intervenção que fez no debate do programa de Governo", considerando que a questão também “foi clara" na campanha eleitoral e nos debates que precederam as eleições legislativas.
Hugo Soares deixou ainda uma mensagem à oposição, dizendo que que esta tem de "se preparar melhor, estudar o que se diz e não ir a reboque der quem se enganou, imputando responsabilidades a outros, praticando uma política de má-fé".
"Não estamos num tempo de fazer política de terra queimada e sobretudo a má-fé tem de ser condenado", acentuou o dirigente social-democrata, aconselhando o PS a "deixar de ser tão precipitado e a não ir atrás do que certos jornalistas escrevem".
"A oposição tem que se habituar que os políticos não são todos iguais", vincou Hugo Soares, contrapondo que "há quem seja cristalino" naquilo que diz aos portugueses.
Nas suas palavras, com o novo Governo "o tempo é de mudança e de recuperar o prestígio das instituições e de fala verdade aos portugueses".
"Não mudamos uma vírgula que foi dito pelo primeiro-ministro e no que estava escrito no programa eleitoral", insistiu.
Antes, em declarações à agência Lusa, Pedro Nuno Santos criticou o facto de o ministro das Finanças ter clarificado que os 1.500 milhões de euros de redução do IRS que tinham sido anunciados pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, afinal representarem cerca de 200 milhões de euros, uma vez que não se vão somar aos mais de 1.300 milhões de euros de alívio fiscal inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor.
“Nós estamos perante um embuste, uma fraude, um Governo a enganar os portugueses. Nós estivemos meses a avisar de que as medidas, de que a candidatura da AD não era credível e esta é a primeira prova, é o primeiro momento em que isso fica claro”, acusou o líder do PS.
Segundo Pedro Nuno Santos, “o choque fiscal prometido pelo PSD não durou nem sequer um dia” já que “dos 1.500 milhões de euros de poupança fiscal anunciados por Luís Montenegro, 1.300 milhões são responsabilidade do Governo do Partido Socialista”.
“É grave, é uma vergonha e é inaceitável que isto tenha acontecido no momento da apresentação do programa de Governo e esperamos mais explicações agora do primeiro-ministro”, disse.
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