Mesmo face à pressão internacional a que está sujeito no Iraque e na Síria, o EI "ainda é capaz de enviar fundos para os seus militantes fora da zona de conflito no Médio Oriente", revela o relatório destinado ao Conselho de Segurança da ONU. Os fundos são enviados em pequenas remessas de dinheiro, o que torna mais difícil a sua deteção.
As formas de financiamento do EI não mudaram muito e ainda se apoiam na exploração do petróleo e de "impostos" cobrados da população local, destaca o documento de 24 páginas elaborado por especialistas encarregados de supervisionar a implementação de várias resoluções contra os dois grupos.
"O EI ainda mantém a capacidade de motivar e realizar ataques" fora do Médio Oriente. A Europa é uma "região prioritária" para tais ataques, afirma o relatório.
O Estado Islâmico planeia estabelecer-se no sudeste asiático, como revelam os recentes combates no sul das Filipinas, explica o relatório, acrescentando que o número de jihadistas dispostos a lutar no Iraque e na Síria está a diminuir.
O documento destaca que há cada vez mais menores a abandonar as zonas de conflito no Médio Oriente, e que a sua experiência, incluindo a participação em treinos, a exposição a situações de violência extrema, assim como a sua radicalização, "exigem atenção e estratégias especiais".
"A resistência que o EI mostrou em Mossul [Iraque] revela que a sua estrutura ainda não foi totalmente quebrada e que o grupo permanece uma ameaça militar".
O relatório aponta ainda que com os drones disponíveis no mercado o EI desenvolveu os seus próprios modelos para propaganda, observação e até para ataques com pequenos explosivos.
Em relação à Al-Qaeda, o documento aponta uma importante presença da organização na África Oriental e Ocidental e na Península Arábica, especialmente no Iémen.
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