“A paz é um requisito para a nossa sobrevivência, um requisito para a prosperidade”, disse Moon durante um discurso na Casa Azul, a residência presidencial sul-coreana em Seul.
“Espero sinceramente que os esforços de desnuclearização e institucionalização da paz continuem com a retomada do diálogo entre o Sul e o Norte”, acrescentou.
Moon defendeu que o seu mandato de cinco anos ajudou a transformar “uma crise pré-guerra na península coreana”, referindo-se à troca de ameaças de ataques entre Pyongyang e Washington em 2017, numa “fase de diálogo”.
O papel de Moon como mediador foi fundamental para que o líder norte-coreano Kim Jong-un e o então presidente dos EUA, Donald Trump, realizassem uma série de cimeiras históricas em 2018.
O próprio Moon, por sua vez, reuniu-se por três vez com Kim.
No entanto, o fracasso do diálogo sobre o desarmamento entre Pyongyang e Washington em 2019 fez com que o regime da Coreia do Norte rompesse os contactos com os EUA e com a Coreia do Sul.
O conservador Yoon Suk-yeol, que assumirá a presidência à meia-noite (15:00 de hoje em Lisboa), ofereceu diálogo a Pyongyang, mas ao mesmo tempo prometeu ser menos tolerante com as “provocações” do Norte.
A Coreia do Norte realizou 15 lançamentos de projéteis desde o início do ano, o último dos quais no sábado.
Observadores indicaram que, nos últimos meses, imagens obtidas por satélite mostram sinais de que o Norte está a preparar-se para um teste nuclear em instalações no nordeste do país.
No final de abril, a agência de notícias estatal de Pyongyang avançou que Kim Jong-un e Moon Jae-in trocaram cartas a expressaram esperança na melhoria das relações entre os dois países.
A KCNA avançou que Moon disse a Kim que continuaria a fazer campanha pela reunificação coreana mesmo depois de deixar o cargo.
Comentários