“É uma atitude criminosa continuar sem fazer manutenção numa estrada sem sabermos quando é que vamos ter a solução da autoestrada Viseu-Coimbra. Há dinheiro para tanta coisa, porque é que não há dinheiro para poupar vidas nesta estrada?”, questionou, durante a sessão de abertura do XVI congresso da Associação Nacional de Freguesias, que decorre em Viseu.
Almeida Henriques disse que, já que desde 2015 não consegue ser recebido pelo ministro das Infraestruturas, pedia ao Presidente da República que fosse “um emissário das populações para se resolver este problema de uma vez por todas”.
O autarca social-democrata apelou à solidariedade de todos os presentes no congresso, entre os quais estava Marcelo Rebelo de Sousa, “para se resolver um problema nacional de que sofre este distrito, este concelho e esta região”.
“Não podemos permitir que esta ligação a sul (Viseu – Coimbra) continue da forma como está. Acho que é inadmissível”, frisou.
O também vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considerou que, “nunca como hoje”, existiram tantas condições para levar “a bom porto” a reforma da descentralização de competências.
E, “mesmo que algumas coisas não tenham corrido bem até agora, porque de facto não correram”, Almeida Henriques frisou que os autarcas não devem “deixar de ser persistentes”.
“É com expectativa que estamos a negociar a nova Lei das Finanças Locais, para que ela seja um sustentáculo a estas novas competências, mas não estando a criar um Estado ao lado do outro Estado”, defendeu.
Na sua opinião, este deve ser o tema em que os autarcas se devem concentrar nos próximos tempos.
O XVI Congresso da Anafre, que se realiza em Viseu, entre hoje e domingo, vai eleger os órgãos para o mandato de 2017-2021 e debater temas como a descentralização de competências para as autarquias, a revisão da Lei das Finanças Locais, a reorganização territorial das freguesias e o estatuto do eleito local.
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