Alexander Lukashenko sublinhou, em Harare, que “Moçambique é o maior país da vizinhança com uma costa de mil quilómetros e é um país agrícola, que requer muito investimento em agricultura”.
Depois de negociações com o Presidente do Zimbabué, na terça-feira, Lukashenko disse que Emmerson Mnangagwa tinha mostrado disponibilidade para ajudar, graças às “boas relações com os líderes moçambicanos”.
“Iremos em breve discutir como transferir a nossa experiência de cooperação, entre o Zimbabué e a Bielorrússia, para Moçambique”, acrescentou o chefe de Estado bielorrusso, no segundo dos três dias de uma viagem oficial.
Os dois países assinaram na terça-feira vários acordos comerciais e de cooperação, que preveem o fornecimento ao Zimbabué de mais equipamentos e ferramentas agrícolas, para evitar a dupla tributação e promover o reconhecimento mútuo de diplomas académicos.
Lukashenko também se ofereceu para vender fertilizantes à base de potássio ao Zimbábue, acrescentando que, apesar das sanções ocidentais, a Bielorrússia “foi capaz de vender grandes quantidades de fertilizantes”.
“Existem Estados prontos para cooperar com a Bielorrússia”, disse o presidente.
A Bielorússia recebeu fortes críticas dos países ocidentais por uma repressão cada vez mais violenta da oposição, por ter realizado eleições que muitos observadores consideraram pouco transparentes e por ter permitido a utilização do território como base para as tropas russas atacarem a Ucrânia.
Tanto a Bielorrússia como o Zimbabué votaram no ano passado, na Assembleia Geral das ONU, juntamente com 12 países, incluindo o Irão e a Coreia do Norte, contra a imposição de sanções à Rússia pelos danos causados pela invasão da Ucrânia.
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