“Quero unir a minha voz à do secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres] e à de muitos líderes a nível mundial, que fizeram um apelo para um máximo autocontrolo para que as tensões diminuam, e fazer um apelo ao diálogo, (...) porque é a única maneira, não há outra forma. O diálogo, os acordos e um máximo autocontrolo para evitar um agravamento das tensões”, afirmou hoje Maria Fernanda Espinosa, numa entrevista à agência Lusa.
A presidente da Assembleia-Geral da ONU, a equatoriana Maria Fernanda Espinosa, iniciou na sexta-feira uma visita de três dias a Portugal por ocasião da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e do Fórum da Juventude “Lisboa+21”, que vai reunir até domingo na capital portuguesa centenas de responsáveis governamentais pela área da juventude, de jovens e de organizações internacionais.
A tensão entre o Irão e os Estados Unidos voltou a aumentar na quinta-feira com o derrube de um ‘drone’ (aparelho aéreo não-tripulado) norte-americano pelas forças iranianas, que levou Washington a preparar ataques aéreos retaliatórios, cancelados à última hora pelo Presidente Donald Trump.
O Irão alega que o ‘drone’ de vigilância marítima RQ-4A Global Hawk estava em espaço aéreo iraniano e que foi alertado várias vezes antes de ser lançado um míssil contra ele.
A versão iraniana é contestada pelos Estados Unidos, que afirmam que o ‘drone’ foi abatido no espaço aéreo internacional no estreito de Ormuz, onde na semana passada dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram alvo de ataques, atribuídos por Washington a Teerão, que nega qualquer responsabilidade nos incidentes.
O estreito de Ormuz, no Golfo de Omã, ao largo do Irão, é uma área considerada como vital para o tráfego mundial de petróleo.
Ainda na quinta-feira, o Irão declarou que pretendia levar o caso do ‘drone’ norte-americano “perante a ONU” para demonstrar que “os Estados Unidos mentem” e que Washington atacou a República Islâmica.
O Irão lançou hoje um novo aviso a Washington, com as forças armadas iranianas a advertirem que o mínimo ataque contra o seu território terá "consequências devastadoras" para os interesses norte-americanos na região.
Fontes diplomáticas citadas na sexta-feira pelas agências internacionais indicaram que os Estados Unidos pediram a realização na segunda-feira de uma reunião à porta fechada do Conselho de Segurança da ONU para falar sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com o Irão.
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