“Não se combatem estes projetos se continuarmos a apostar nas políticas que dão espaço à revolta e indignação popular ou nos protagonistas dessas políticas””, referiu, numa sessão pública de apoio ao candidato presidencial apoiado pelo PCP João Ferreira, na Marinha Grande.
Para Jerónimo de Sousa, os poderes do Presidente da República “se usados na boa direção, permitiriam, pela sua influência, assegurar políticas ao serviço do povo e do país”, o que, considera, não tem acontecido.
“A sua ação [do Presidente da República], se determinada e corajosa, permitiria impedir ou atrasar medidas lesivas dos interesses populares, o que não tem acontecido nem agora com Marcelo Rebelo de Sousa nem antes com outros protagonistas”, sublinhou.
O secretário-geral do PCP falava durante a sessão “18 de janeiro - Património de luta, horizonte de esperança”, que assinalou uma revolta operária ocorrida há 87 anos, em 18 de janeiro de 1934, culminando numa greve geral em várias locais do país, como a Marinha Grande, Silves, Barreiro e Almada.
Referindo-se ao que apelida de “traços de regressão democrática” nas sociedades, Jerónimo de Sousa considerou que esse fenómeno tem assumido “uma preocupante dimensão” e, que “a pretexto da epidemia e do estado de emergência”, tem sido promovida a suspensão de direitos, liberdade e garantias.
Na ocasião, João Ferreira recebeu, de forma simbólica, o apoio de mais de 1.500 membros de Órgãos Representativos de Trabalhadores (ORT), numa sessão que contou também com a presença de Isabel Camarinha, líder da CGTP.
À noite, o candidato presidencial apoiado pelo PCP e pelo PEV ainda se deslocou à Nazaré, também no distrito de Leiria, onde contactou com empresários da restauração.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Comentários