“Portugal é um Inovador Moderado. Ao longo do tempo, o desempenho relativo à UE tem vindo a aumentar até 2020 e diminuiu significativamente em 2021”, indica o executivo comunitário no capítulo referente ao país na análise hoje divulgada.
Na edição de 2021 deste indicador que demonstra o empenho da UE e dos seus Estados-membros na investigação e inovação, Bruxelas coloca Portugal no nono pior lugar, com 90 pontos, após seis anos consecutivos de melhorias.
“Os pontos fortes de Portugal estão nos sistemas de investigação atrativos, digitalização e utilização de tecnologias de informação. Os três principais indicadores incluem estudantes de doutoramento estrangeiros, copublicações científicas internacionais e mobilidade profissional de recursos humanos na área da ciência e tecnologia”, elenca a Comissão Europeia.
Porém, segundo Bruxelas, regista-se um “recente declínio no desempenho da inovação”, que a instituição atribui “à queda no desempenho nos indicadores utilizando dados de inquéritos sobre a inovação”, que escondem um “o forte aumento do desempenho no ensino terciário e o apoio do Governo à investigação e às tecnologias ligadas ao ambiente”.
Além disso, “Portugal tem quotas inferiores à média de inovadores em processos empresariais internos e inovadores que não desenvolvem inovações por si próprios”, estando ainda a “apresentar pontuações abaixo da média nos indicadores relacionados com as alterações climáticas”, adianta o executivo comunitário no relatório.
Criado em 2001, o Painel Europeu da Inovação fornece uma análise comparativa do desempenho da inovação nos Estados-membros da UE e noutros países, avaliando pontos fortes e fracos relativos dos sistemas nacionais de inovação e visando ajudar os países a identificar áreas que precisam de melhorar.
O objetivo é fomentar o desenvolvimento de políticas para melhorar a inovação na Europa e informar os decisores políticos no contexto global de rápida evolução.
Em termos gerais, a edição de 2021 do painel da inovação mostra que o desempenho de inovação continua a melhorar na UE.
“Em média, o desempenho da inovação aumentou em 12,5% desde 2014. Existe uma convergência contínua dentro da UE, com os países com desempenho inferior a crescerem mais rapidamente do que os países com desempenho superior, colmatando assim o fosso de inovação entre eles”, assinala o executivo comunitário na informação hoje divulgada.
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