“Temos pedido um apuramento de todas as responsabilidades”, através de uma investigação, defendeu Augusto Santos Silva, em Macau, onde termina hoje uma visita oficial de três dias.
O governante referiu que a posição portuguesa está em linha com a da comunidade internacional e com aquela já manifestada pela União Europeia.
Também no sábado, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, exigiu uma “investigação aprofundada” sobre a morte “extremamente perturbadora” do jornalista saudita Jamal Khashoggi e que os autores sejam responsabilizados.
A União Europeia “insiste na necessidade de uma investigação aprofundada, credível e transparente, que esclareça as circunstâncias da morte e force os responsáveis a assumir total responsabilidade”, afirmou Federica Mogherini, em comunicado.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
A Arábia Saudita reconheceu no sábado que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, segundo a agência oficial de notícias SPA.
A mesma agência revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de informação do reino e oficiais.
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