As receitas serão usadas para melhorar o sistema de transportes públicos da metrópole, em particular a rede de metro.
Embora o plano possa ser adotado já na próxima segunda-feira, dia 1 de abril, só é esperado que as taxas comecem a ser cobradas a partir de 2021, diz o The New York Times.
Os valores finais ainda não estão definidos, mas Samuel Schwartz, um especialista em tráfego urbano que participou em grupos de trabalho dedicados a este tema, diz que os custos poderão rondar os 12 a 14 dólares (entre os 10 e os 12 euros, aproximadamente) para os carros e os 25 dólares (cerca de 22 euros) para os camiões que entrem na cidade durante as horas de ponta, e valores mais baixos durante a noite e ao fim de semana.
Schwartz, citado pelo The New York Times, fez os cálculos tendo em conta o objetivo dos governantes de arrecadar mil milhões de dólares (quase 900 milhões de euros) por ano nestas taxas de circulação urbana.
As novas tarifas serão cobradas aos veículos que entrem na zona central de Manhattan, a começar na 60th Street, a rua que fica no limite mais a sul do Central Parque.
A medida tem também como objetivos a redução da poluição e do estrangulamento das estradas na cidade e a libertação de espaço para as ciclovias.
Os críticos contestam a decisão, afirmando que este é um imposto que prejudica injustamente aqueles que precisam de se deslocar de carro por não terem transportes públicos acessíveis.
O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, argumenta que, sem esta medida, os preços do metro poderiam ter de ser aumentados para o triplo.
Os legisladores estão a estudar a hipótese de dispensar de pagamento os condutores com dificuldade de mobilidade, com baixos rendimentos ou que se estejam a deslocar por motivos de saúde.
As taxas serão cobradas através de um sistema eletrónico de portagens, provavelmente com recurso ao E-ZPass, uma tecnologia semelhante à Via Verde, em que a cobrança é feita automaticamente através de um aparelho colocado no carro. Para quem não tem E-ZPass, o sistema tirará uma fotografia da matrícula do carro, para que o condutor possa posteriormente pagar a despesa.
Nova Iorque será a primeira cidade nos Estados Unidos a dar este passo, mas em Londres, Estocolmo e Singapura já existem planos de taxas para a circulação urbana há alguns anos.
Em Londres, a medida tem trazido alguns resultados positivos. No primeiro ano depois da entrada em vigor do plano (2003), houve menos 30% de atrasos causados pelo trânsito e a qualidade do ar melhorou - com uma redução de 12% na emissão de gases tóxicos.
Tanto na capital britânica como em Estocolmo e em Singapura, os milhões de euros gerados em receitas têm sido aplicados na melhoria dos transportes e das infraestruturas, incluindo novos autocarros, faixas para bicicletas e outros serviços para os cidadãos que deixam os carros em casa.
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