Segundo conta o The Guardian, seis unidades de polícia italianas - Pavia, Varese, Ferrara, Veneza, Siracusa e Veneza - receberam máscaras FFP2 do gabinete do comissário de emergência para a covid-19, Francesco Paolo Figliuolo.
Após a abertura das caixas, muitos dos agentes recusaram-se a usar as máscaras, considerando-as "inadequadas" por serem rosa, levando Stefano Paolini, chefe de um sindicato da polícia, a escrever uma carta ao chefe da polícia no ministério do Interior, Lamberto Giannini.
Paolini escreveu que a decisão de aprovar a compra de máscaras cor-de-rosa para a força policial era confusa e considerou que a cor era “excêntrica” em relação ao uniforme da polícia, arriscando-se a comprometer a imagem da instituição.
"Pedimos-lhe que tome medidas imediatas para assegurar que a polícia cumpre o seu dever usando máscaras de uma cor (branco, azul ou preto) que seja consistente com o uniforme da polícia estatal", escreveu ele.
Numa declaração posterior, Paolini disse que o problema não surgiu por causa do preconceito contra a cor rosa, "mas sim pelo facto de o uniforme estar regulamentado".
"Com base no juramento feito, o uniforme deve ser usado com decoro", acrescentou, salientando que "durante um período de crescente aversão à polícia, é necessário adotar a sobriedade e o respeito".
O Corriere della Sera destacou que estas máscaras faciais faziam parte de um lote também enviado ao pessoal de outras instituições públicas, incluindo escolas, hospitais e o gabinete de proteção civil.
No final de dezembro, a Itália reintroduziu a obrigatoriedade do uso de máscaras no exterior, perante o aumento de novas infeções impulsionadas pela variante Ómicron.
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